APPDH
- ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA PARA A PROMOÇÃO E DIGNIFICAÇÃO DO HOMEMREGULAMENTO INTERNO
Tendo em conta que:
O mundo está mergulhado numa profunda escalada de violência e de atentados
ao respeito e dignidade humana; a xenofobia, a vingança e os nefastos comportamentos
preocupam as mentes mais íntegras; continuam a existir pessoas a
exaltar a sua hegemonia com a desgraça de outras; cresce a ameaça do futuro
pela degradação do presente; a filantropia dá, não raras vezes, lugar à misantropia;
sucumbem crianças e adultos pela fome e pelas doenças sem justificação;
crescem os actos criminosos e os malefícios organizados; a condição superior do
ser humano carece de dignificação. Urge a formação de uma colectividade que
desenvolva acções moralizadoras da sociedade a nível universal e promova o
bem-estar das pessoas e a sua elevação, pelo que é criada a ASSOCIAÇÃO
PORTUGUESA PARA A PROMOÇÃO E DIGNIFICAÇÃO DO HOMEM,
que se vai reger pelo presente regulamento.
CAPÍTULO 1 – Âmbito e Generalidades
Artigo 1º
1. A presente Associação é criada por iniciativa do seu associado Valdemiro
da Encarnação Sousa, que presidirá à Direcção.
a) O trabalho a desenvolver pelos órgãos da Associação e pelos associados em
geral foi inspirado no seu livro
Fica, entretanto, explícito que as actividades da Associação e dos seus
associados não ficam inteiramente subordinadas ao ideário da temática da
Bíblia do Futuro, o qual servirá de ideário.Bíblia do Futuro.
b) Todos os associados podem exercer actividades políticas, partidárias,
religiosas e desportivas em geral, sem que essas actividades constituam
obstáculo à sua filiação na Associação.
c) Fica entretanto vedado a todos os associados o exercício das actividades
designadas na b), no âmbito do seu trabalho na Associação, em completo
respeito pelas linhas de orientação deste órgão associativo: não interferir nas
políticas, nos órgãos político-partidários, nas tendências religiosas e
desportivas, em obediência à sua isenção e ao seu objectivo de promover e
dignificar toda a pessoa, indiscriminadamente.
d) Os associados que desrespeitarem o articulado em c), poderão ser destituídos
por deliberação em Assembleia Geral.
2.A Associação terá as seguintes categorias de associados: Efectivos;
Honorários; Beneméritos;
Correspondentes.
a)São associados efectivos todas as pessoas, singulares ou colectivas subscritas
como tal, nacionais e estrangeiras.
b)São associados honorários todas as pessoas singulares ou colectivas,
nacionais e estrangeiras, que hajam prestado relevantes serviços à causa da
Associação.
c)São assiciados beneméritos as pessoas singulares ou colectivas, nacionais e
estrangeiras, que hajam oferecido à Associação quaisquer bens de valor
significativo.
d)São associados correspondentes as pessoas singulares ou colectivas,
domiciliadas em território nacional ou no estrangeiro, que pretendam
colaborar com a Associação em acções de dinamização e representação.
3. Constituem direitos de todos associados
a)Participar nas Assembleias Gerais e nelas votar; eleger os Órgãos Sociais e
propor candidatos aos cargos; apresentar projectos que visem alcançar os
objectivos da Associação; requerer a convocação extraordinária da
Assembleia Geral; ser informados de todas as actividades da Associação.
4. São deveres dos associados
a)Pagar uma quota mensal de valor provisório de cinco euros, a rectificar em
Assembleia Geral.
b)Tomar parte nas Assembleias Gerais.
CAPÍTULO II -
Órgãos SociaisArtigo 2º
1. São Órgãos Sociais a Assembleia Geral, a Direcção e o Conselho
Fiscala) A duração dos mandatos dos Órgãos Sociais é de quatro anos, sendo
admitida a reeleição.
2. Ficam desde já definidos os compromissos, com a assunção de deveres
com voluntário empenhamento dos membros dos Órgãos Sociais e
associados em geral, a saber:
a) Defender a autencidade da condição superior do ser humano, que se
considera prisioneiro, no decorrer de milénios, de concepções imutáveis e
libertá-lo de misticismos demasiado dogmáticos, sempre sem qualquer
actuação pressionável.
b) Conduzir as capacidades do homem à prática do bem, à edificação e evitar
que a sua inteligência se oriente por acções dolosas e de destruição.
c) Desenvolver esforços para conduzir as sociedades e o mundo à produção
do útil e do agradável; irradicar a violência e as guerras; recuperar os
valores humanizantes e as relações familiares no seio da família.
d) Estimular cada pessoa e as comunidades a seguirem o ideário desta
Associação, de forma espontânea.
e) Tendo em conta que o mundo tende a tornar-se num todo global, desenvolver
esforços para que seja implementado um hino universal, e os hinos nacionais
se harmonizem em conteúdos de paz, respeito e cooperação.
f) Recusar todo e qualquer conceito de utopia nas acções da Associação, com
a firme convicção de que as actividades enumeradas são realizáveis, embora de
difícil execução, só sendo utópico aquilo que não está ao alcance do homem. Se
temos inesgotáveis capacidades para destruir, mais nos compete e mais fácil nos
será construir.
g)Serão aceites donativos e contributos de pessoas, singulares ou colectivas e
organismos vários que desejem apoiar esta Associação, identificando-se com os
seus objectivos. Porém, sem que possam condicionar tais apoios a desígnios que
não sejam os expresso neste regulamento.
h)Mobilizar o apoio de pessoas de prestígio e com estatuto de "figuras públicas":
na Comunicação Social, nos meios artísticos, desportivos e outros, que
denotadamente possam aderir à causa da Associação e ajudar à sua dinamização.
Artigo 3º
1. Propõe-se esta Associação:
a) Editar um jornal no âmbito das suas actividades, que começará pela periodicidade
mensal, podendo passar para quinzenal ou semanal. Os associados terão
distribuição gratuita. A sua temática visará a sensibilização dos seus associados e
leitores em geral. Pretende-se ainda que constitua o principal veículo de
dinamização da Associação.
b) A Associação poderá desenvolver eventos diversos, como espectáculos,
provas desportivas, acções de convívio e lazer, entre os seus associados.
c) Criar comissões compostas por individualidades com formação cívica e
intelectual, mandatadas para a realização de conferências, a efectivação de
reuniões e eventos em locais a definir e em organismos vários, com vista a
promoverem soluções para os problemas que sejam motivo de preocupação
quanto ao estado degradativo da vida de pessoas, de populações e de países, e
ainda de carácter universal.
d) A Associação será dinâmica tanto quanto possível, procurando atingir âmbito
internacional e ser reconhecida pela ONU. Não pretende ter carácter deliberativo
em coisa alguma, antes emitir estados de alerta e elaborar projectos no âmbito do
seu ideário, com vista ao alcance das desejadas soluções.
CAPÍTULO III –
Receitas e DespesasArtigo 4º
1. A Associação não tem fins lucrativos, procurando entretanto obter receitas
necessárias ao seu funcionamento, podendo vir a apoiar, monetariamente,
sempre que possível, acções previstas no seu ideário: promoção e dignificação
do Homem.
2. Constituem receitas da Associação
a)As quotas dos associados; os donativos e contributo vários; os eventuais
lucros resultantes da venda do jornal.
b)Os membros dos Órgãos Sociais, no desempenho das suas específicas funções,
não são remunerados.
CAPÍTULO IV –
Órgãos Sociais - FunçõesArtigo 5º
1.A Assembleia Geral é o Órgão soberano da Associação e é constituida por todos
os associados no pleno gozo dos seus direitos, representados por delegados
devidamente credenciados para o efeito.
2.As reuniões da Assembleia Geral serão públicas, podendo realizar-se em local
diferente da sede.
3.A mesa da Assembleia Geral é constituida por um Presidente, um Vice-
Presidente e dois Secretários.
Artigo 6º
1.A Assembleia Geral terá obrigatoriamente duas reuniões ordinárias anuais, a
saber:
a)No decurso do primeiro trimestre de cada ano, para discutir e votar o relatório
do exercício e contas da Direcção referente ao ano anterior, o parecer do
Conselho Fiscal, o plano de actividades e o orçamento para o ano que se inicia.
b)No decurso do segundo semestre de cada ano para análise de carácter geral,
podendo comportar a convocação de Assembleia extraordinária de seis
associados ou mais, prevista nas disposições gerais.
c)A Assembleia Geral é convocada pelo seu Presidente ou a pedido da Direcção,
do Conselho Fiscal ou de, pelo menos, seis associados no pleno gozo dos seus
direitos.
d)As deliberações serão aprovadas por maioria absoluta dos membros dos três
Órgãos Sociais, ou por maioria de três quartos de outros associados presentes, no
pleno gozo dos seus direitos.
será apresentado pela Direcção à Assembleia Geral no primeiro trimestre de
2008.
Artigo 7º
1. A Direcção é composta por um Presidente, um vice-Presidente, um 1º
Secretário, um 2º Secretário e um Tesoureiro.
2. Compete à Direcção gerir a Associação, cumprir e fazer cumprir o
regulamento e todas as normas regulamentares.
3. Criar e extinguir Associações e Delegações e nomear os seus responsáveis.
4. Admitir, suspender e dispensar pessoal de serviços e fixar as respectivas
remunerações.
5. Submeter anualmente à Assembleia Geral o relatório de contas do
exercício, bem como o orçamento e plano de acção para o ano que se inicia.
6. Promover as filiações dos associados e tornar exequível todo o movimento
associativo.
7. Gerir todo o sector financeiro referente a receitas e despesas e zelar pelo
bom equilíbrio do mesmo.
8. O primeiro orçamento e plano
de acção para o próximo ano, será
apresentado pela Direcção à
Assembleia Geral no primeiro
trimestre de 2008.
Artigo 8º
1.As deliberações da Direcção serão
tomadas por maioria simples
a)O Presidente terá voto de qualidade
quando tal for necessário para
desempate.
2.Compete ao Presidente da
Direcção:
a)Representar a Associação em juizo
ou fora dele.
b)Convocar e dirigir as reuniões da
Direcção.
3.Compete ao Secretário em
exercício dirigir os serviços
administrativos e o pessoal, manter
em dia o expediente, secretariar as
reuniões da Direcção e lavrar as
respectivas actas.
4.Compete ao Tesoureiro manter em
dia o expediente de receitas e
despesas e fiscalizar a respectiva
documentação.
Artigo 9º
1.O Concelho Fiscal é constituído por
um Presidente, um Vice-Presidente
e dois Vogais.
2.Compete ao Conselho Fiscal:
a)Verificar se as disposições legais e
estatuárias, bem como as deliberações
da Assembleia Geral, estão a ser
cumpridas.
b)Examinar, a escrita e demais
documentação.
c)Dar parecer sobre o relatório e
contas do exercício e submetê-lo à
Assembleia Geral.
Os senhores associados ficam
informados da Conta Bancária do BPI
nº: 0-3899481.000.001 ou
NIB 0010 0000 38994810001 50.
APPDH – Associação Portuguesa
para Promoção e Dignificação do
Homem
Nº Pessoa Colectiva: 508263840
Rua Arco do Marquês do Alegrete,
Palácio dos Aboim, nº 2 – 5.1, 1100-
034 Lisboa
Telefones: 213428300
E-mail: associacaoppdh@sapo.pt
– A MORAL deve constituir-se
condição básica para a humanização,
fazendo-se sempre a distinção entre
os trouxas bem intencionados e os
APPDH
- ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA PARA A PROMOÇÃO E DIGNIFICAÇÃO DO HOMEMREGULAMENTO INTERNO
2
Lisboa 28.Dezembro.2007Ficha Técnica
O Estafeta
número 125321
– registo no E.R.C com oDirector:
Valdemiro E. SousaProprietário e editor:
Associação Portuguesa para a Promoção e
Dignificação do Homem.
APPDH -Sede e Redacção:
do Alegrete, Palácio dos Aboim, nº 2 –
5.1, 1100-034 Lisboa
Rua Arco do Marquêse-mail:
associacaoppdh@sapo.ptTelefone:
213428300NIF:
508263840Colaboradores nesta edição:
Nobre, João Carlos Fonseca, António
Jorge Lé, Inês Pais de Abreu, Hélia Alves,
Ana Cabrita e Carlos Machado
FernandoTiragem desta edição:
7200 exemp.Impressão:
Concilim e Pedros, nº 90, Queluz de Baixo
Grafedisport – estradaDistribuição:
ind. do Passil Lote 1 – A - Tel.219267800
Palhavã - Alcochete
Logista, expanção da área
AMI – 20 ANOS DE
ASSISTÊNCIA MÉDICA
INTERNACIONAL
A AMI lançou recentemente o livro
Fronteiras. "
retrata todo um trabalho de Assistência Médica Internacional, nos 5
continentes.
De um apontamento do Professor Adriano Moreira e publicado neste
livro, transcrevemos e destacamos: "
evolucionou para a comunidade internacional. Esta mudança traduzse
na existência de valores e interesses que não pertencem a nenhum
Estado e constituem um património comum da Humanidade : É o caso
do mar alto, da Antartida, das energias não renováveis, dos outerspace,
dos Direitos do Homem e dos povos. Tal facto exige a
intervenção de órgãos internacionais de diálogo, de cooperação e de
gestão, acima dos Estados " .
" 20 Anos a PassarÉ uma obra admirável, com uma ilustração fabulosa, queA sociedade internacionalPor sua vez, Sophia de Mello Breyner Andresen, em artigo de l994,
escreveu: "
prático e concreto ou é coisa nenhuma. Não basta termos pena – não
bastam a nossa compaixão e a nossa simpatia. Por isso, para mim,
apoiar a AMI é um dever. Porque a AMI é constituída por pessoas que
vão aos lugares onde está a dor, a tragédia e o desastre e consigo levam
a ajuda médica, a ajuda alimentar, o tratamento e a presença. Nós, que
não temos a possibilidade de ir com eles e fazer o trabalho difícil e
exigente que eles fazem, devemos ao menos dar-lhes o nosso apoio e
ajudar ".
A solidariedade com aqueles que sofrem ou é um actoPor sua vez, o Professor Fernando Nobre, Presidente Fundador e com
toda uma vida de filantropia na Assistência Médica Internacional,
escreveu, neste livro:
por isso mesmo), fez, faz e fará sempre parte da minha vida. Creio
muito sinceramente que a AMI, porque defende com acções concretas
os direitos fundamentais de todos os seres humanos, foi, é e continuará
a ser uma instituição necessária para a construção da paz no nosso
Mundo. Ao fim e ao cabo é esse o seu derradeiro objectivo ".
" Para mim, a AMI é como um filho. Como tal (eOs outros rostos da AMI deixaram neste livro o seguinte depoimento:
Leonor Nobre – Vice-Presidente:
acolher e abrigar crianças famintas de comida e de
amor, que aprendi o verdeiro valor da solidariedade.
Por este motivo, aceitei, sem hesitar, o desafio de
ajudar a construir do nada, uma obra que
DIGNIFICASSE o ser humano, sem discriminação
de raça, religião ou posição social ".
Foi no exemplo da minha mãe, aLuisa Nemésio – Secretária-Geral:
Vitorino Nemésio, um excerto que traduz bem a
minha forma de ver o Mundo e de me rever na AMI:
"Sou ao mesmo tempo e acima de tudo português
açoriano europeu, americano brasileiro, e por tudo
isto espânico e ocidental, e gostava de ser homem de
todo o mundo. Eu bem sei que a carta da cidadania é
precisa para voto e passaporte, mas também se passa
sem essas coisas: sem pão e verdade é que não ".
Tomo de empréstimo a meu avôCarlos Nobre
planetário,
cósmica, que ultrapassa as barreiras separatistas,
pobres, redutoras, negativas e involutivas das raças
,religiões, nacionalidades, línguas, culturas,
ideologias, filosofias e sexos. A acção humanitária é,
na sua essência, servir, ajudar e amar o próximo,
sendo, uma das expressões da espiritualidade maior,
una, fraterna e universal. É por esta razão que estou
na AMI.
– Administrador: Estamos num combate pacífico eem nome da consciência espiritualSerafim Jorge - Administrador:
de vida é exactamente aquela que norteia esta
instituição: Ajudar . Por isso, com a amizade e
colaboração de todos os meus colegas, seguindo o
exemplo do fundador – Dr. Fernando Nobre –, quero
continuar a minha missão.
Escolhi a AMI porque a minha filosofiaJosé Luis Nobre – Administrador:
seres humanos de todos os continentes e de todas as
condições, a AMI ajudou-me a derrubar obstáculos,
superar provações, ser paciente, vencer a tristeza, o
desgosto e as dificuldades. Permitiu tornar-me senhor
do meu destino e encontrar o meu objectivo de vida que
é o de ajudar os outros. À AMI tudo devo no caminho
de aperfeiçoamento da minha condição humana.
Obrigado.
Ao permitir-me estabelecer laços comOutro Administrador – Rafael Reis:
não é um aniversário em que se brinde a um futuro auspicioso.
Façamos antes um voto para que o mundo deixe de ser um local cada
vez mais inquieto e perigoso. Há 20 anos que estes nómadas da
fraternidade percorrem o mundo numa viagem inscessante pelos
caminhos do êxodo e do abandono, ao encontro das vítimas da guerra,
das catástrofes, da fome e do subdesenvolvimento, guiados pelo ideal
de uma medicina humanista, mitigando a dor num gesto anónimo.
Infelizmente, a história da AMI não acaba hoje porque, como diria
Alberto Camus, é preciso recusar a tragédia. E essa, continuará.
É preciso recusar a tragédia. EsteO livro –
actividade com sacrifícios humanos que só uma filantropia abnegada dos
médicos sem fronteiras é capaz de suportar. A AMI é em todo o mundo a
organização que mais tem trabalhado na sua área e os países onde a sua
intervenção tem ocorrido rendem-lhe justas homenagens, e o mundo
inteiro não menospreza tudo que tem feito ao serviço do homem.
Importa referir algumas afinidades que temos – a AMI e a APPDH – no
tocante à Promoção e Dignificação do Homem. Enquanto a AMI
desenvolve a sua acção assistencial, a APPDH procura sensibilizar as
consciências e conduzir projectos contra a violência, a xenofobia, a
vingança, a indiferença, a morte pela indigência e a fome, a crescente
degradação, a misantropia, o crime e muito mais. A cooperação entre
organizações ao serviço do homem e de um mundo melhor deve existir
na conjugação de esforços. Da nossa parte, este trabalho que fizemos
sobre a AMI represente prova cabal de que estamos receptivos a todo o
tipo de cooperação quanto à dignificação da superior espécie que somos.
Os sentimentos comuns estão exarados nos depoimentos que já
referimos, nomeadamente: " Tal facto exige a intervenção de órgãos
internacionais de diálogo, de cooperação e de gestão, acima dos Estados
(Adriano Moreira); " Para mim, apoiar é um dever" (Sophia de Mello
Breyner); "A acção humanitária é, na sua essência, servir, ajudar e amar
o próximo, sendo, por isso, uma das expressões da espiritualidade maior,
una, eterna, fraterna e universal" ( Carlos Nobre): " É preciso recusar a
tragédia. Façamos um voto para que o mundo deixe de ser um local cada
vez mais inquieto e perigoso" (Rafael Reis).
Algumas das pessoas que já foram convidadas para sócios da APPDH, a
primeira coisa que pretendem saber é textual: "o que ficam a ganhar?"
Em resposta, sugere-se que a pergunta seja feita ao contrário: o que é que
ficam a perder...
Ao aderir a este projecto, o associado paga uma quota de 5,00 euros
mensais. Diremos que cerca de 50% das pessoas não ficam mais pobres
ao fim do mês com menos cinco euros no bolso. Se tivermos em conta o
dinheiro que espontaneamente ou inadvertidamente gastamos mal gasto,
por vezes em coisas supérfluas ou mesmo fúteis, chegaremos à
conclusão de que a nossa contribuição, ainda que não tenha retorno
directo é todavia bem aplicada, dados os fins nobres que atinge.
Já temos duas razões assinaladas, vamos à terceira.
Não sentimos o prestígio que trazem para Portugal organizações como a
AMI (Assistência Médica Internacional)? E a prestimosa assistência que
realiza em Portugal?
E já imaginamos o trabalho que a APPDH pode realizar com a ajuda de
todos, em Portugal e em todo o mundo, sensibilizando as boas-vontades
e elaborando projectos dos quais podem nascer importantes soluções
para desmesurados problemas?
Quarta razão. Esta Quarta razão responde às pessoas que desiludidas e
descrentes já não acreditam na promoção e dignificação do homem, ao
dizerem: "Isto já não tem solução; não há ninguém capaz de endireitar o
mundo e livrá-lo do abismo". E a resposta, que poderia ser mais ampla,
consiste apenas em factos de si bem concludentes:
Não é verdade que o Homem é o ser mais inteligente, mais capaz e mais
20 anos a passar fronteiras – traça um percurso de intensaCINCO RAZÕES PARA SE
FAZER SÓCIO
realizador? Que é a superior
espécie? Então vamos procurar
orientar as suas capacidades para
o bem em detrimento do mal, não
em termos absolutos, mas no
máximo que for possível.
Quinta razão.
Ao promovermos e dignificarmos
o Homem estamos também a
dignificar-nos individualmente
porque, como seres humanos e
superiores, estamos a contribuir
para um mundo melhor no sentido
de uma int e rdependênc i a
(irreversível) mais tranquíla, em
satisfatória paz e melhor
segurança. Mesmo que já
estejamos velhos, mesmo que se
pense já não irmos usufruir os
c o n s e q u e n t e s b e n e f í c i o s ,
tenhamos em conta o futuro dos
nossos filhos e a construção de um
mundo melhor.
Para terminar, diremos que as
pessoas com o mínimo de posses,
para além de não terem nada a
perder e ao subscreverem-se
associados, terão o nosso jornal
em distribuição gratuíta, podendo
vir ainda a participar, com
relevantes vantagens em relação
aos não sócios em espectáculos,
em provas desportivas e em
convívios vários organizados por
esta Associação.
Va lá, sejamos cooperantes e
solidários...
Tanto as quotas como os
donativos podem ser deduzidos
nos impostos.
Os nossos Contactos:
APPDH – Rua Arco do Marquês
do Alegrete, Palácio dos Aboim,
nº 2 5.1 – 1100 - 034 Lisboa
Telefones: 213428300
E - m a i l :
associacaoappdh@sapo.pt
Algumas pessoas, ao lhes ser dado
c o n h e c ime n t o d a APPDH,
procuram saber: "para que serve?"
E isto também acontece com outras
pessoas que já leram o nosso
regulamento interno, o qual insere a
matéria base dos nossos estatutos,
sucinta mas algo esclarecedora.
Quanto à promoção e dignificação
do Homem, existe um campo de
acções inesgotáveis, a começar pela
sensibilização, passando pelas
conferências, pela realização de
projectos que visem soluções
contidas nos nossos objectivos, pela
edição do jornal ”O Estafeta” e por
muito mais que nos seja possível
fazer: realizar um trabalho de base
até às altas esferas.
É evidente que iremos elaborar um
programa de actividades tão vasto
quanto a nossa capacidade
financeira o permitir
Continuação página. 13
A APPDH JÁ ESTÁ A
SENSIBILIZAR A
CLASSE POLÍTICA
A A P P D H - A s s o c i a ç ã o
Portuguesa para a Promoção e
Dignificação do Homem, após a
distribuição da sua folha
informativa com os seus estatutos
e outras linhas mestras de
orientação sobre as acções nobres
que vai desenvolver, e que
distribuiu por todos os deputados
da Assembleia da República, os
outros Órgãos de Soberania e
organismos estatais, bem como
pelas empresas de destaque e
outras, e ainda em locais
públicos, fez, efectivamente,
passar a sua mensagem.
Passamos a ouvir os políticos a
falar bastante em
coisa rara há uns meses antes.
Significa isto que já se nota, de
forma expressiva, a aceitação
desta Associação e dos seus
objectivos de desenvolver acções
nobres no que à Promoção e
Dignificação do Homem diz
respeito.
Durante a ocorrência da Cimeira
Europa/África vários foram os
intervenientes da política
portuguesa a pronunciarem a
palavra
n ã o a c o n t e c e u c om o s
estrangeiros, por estes não terem
ainda conhecimento da existência
da APPDH. Mas também eles
passarão a pronunciar esta mágica
e nobre palavra, quando a nossa
As s o c i a ç ã o f o r d o s e u
conhecimento. E por uma razão
muito óbvia: a de passar-se a
reconhecer que, da forma
degradante misantropicamente
falando em que se encontram os
povos e o mundo, o projecto por
nós a realizar faz todo o sentido e
jamais alguém poderá estar
contra.
Pena é que os órgãos da soberania
e outras entidades façam
moucas
apoios. Esta Associação necessita
dos mais amplos e diversificados
contributos para desenvolver as
suas actividades e levá-las o mais
longe possível. Somos ainda uma
criança bébé que necessita de ser
nutrida e acarinhada. O nosso
jornal, na sua missão de
vai levar a nossa mensagem o
mais longe possível, pelo que a
nossa
APPDH, vai crescer, crescer,
empurrada por quantos são
sensiveis ao nosso projecto.
Assim o esperamos.
Existem duas certezas no patamar
da nossa vida: o nascimento e a
morte. É a partir da idade do
berço, passando pela adolescência,
que devemos defender a
saúde até à idade mais avançada.
Já que a nossa vivência é limitada,
cabe-nos a consciencialização
quanto à defesa dos perigos que
nos espreitam: as doenças, os
acidentes, as agressões e as
catástrofes. E fazermos uma
alimentação regradamente
saudável, optando por uma
adequada nutrição, sem esquecermos
a necessidade de promovermos
a saúde e a qualidade de vida.
Mesmo tendo em conta tudo isto,
a vida pode decidir-se em
escassos segundos. Sem
dramatismos e com a cara sempre
alegre, procuremos viver mais e
melhor no contexto da nossa
interdependência em sociedade.
Todos os dias os órgãos de
i n f o rma ç ã o n o s mo s t r am
fatalidades ocorrenciais, a que
muitos de nós são sensíveis,
enquanto outros já não se
impressionam, tal a endémica
normalidade do anormal. Não
basta irmos à igreja pedir
protecção nem apelar aos
milagres. Ganhemos consciência
de que em cada um de nós devem
existir o anjo da guarda, o polícia
que oferece segurança e o juiz que
nos absolve, porque em primeira
instância temos de assumir tudo
isto, todas as funções que nos
deêm saùde, nos protejam, nos
animem, nos tornem sociáveis e
alegres e nos prolonguem a
vivência em plena satisfação de
desfrutar o útil e o agravável. Sem
preguiça e sem desleixos,
confiando em que amanhã nos
espera outro dia, depois outro e
mais outro, na indefinidade do
tempo. Sejamos sérios vivendo
seriamente.
Quando alguma ocorrência nos
atormenta e ficamos desconsolados
ou amargurados, a recuperação
é mais fácil se tivermos tido
uma vida em plena alegria e
felicidade, do que quando
passamos por uma vida de
tormentos, em mutios casos
porque não os soubemos evitar ou
mesmo os ocasionamos por falta
da necessária força anímica. A
reserva das capacidades físicas e
orgãnicas amenizam qualquer
mau momento e em breve nos
libertamos da angûstia ou do
pesadelo. Mesmo quando alguma
doença mais grave nos invade a
coragem e os actos de fé que
fizermos em nós mesmos são
determinantes. Nunca percamos o
optimismo, porque o cepticismo
pode ser o maior adversário.
Se temos a capacidade de
aprender e evoluir, nunca
descuremos a disciplina que nos
leva à aprendizagem de vivermos
mais e melhor.
Dignidade,Dignificação, coisa queorelhasquando lhes solicitamosEstafeta,Bola de Neve, símbola daEDITORIAL
Os nossos leitores, principalmente aqueles que comungam dos nossos
ideais, chegarão à mesma conclusão. Colocamos o dedo em algumas
feridas, dedo que leva um pouco de remédio como diagnósticos, mas as
terapias ficam ainda a cargo de quem de direito porque, de momento, a
nossa escassez de meios não dá para fazer tanto quanto desejamos. Mas,
com as nossas corajosas remadas e apois que conseguirmos grangear,
iremos atingir sempre bons portos.
Compreendemos a hesitação e a dificuldade de decidir por parte
dos cidadãos que ainda não conhecem cabalmente quem somos e para
onde vamos. Cabe-nos dar-lhe a mais ampla informação e razões para
acreditarem, não navegando no nosso barco, mas caminhando passo-apasso.
Um agradecimento muito sincero aos pioneiros associados que
nos ajudaram a começar. Sim, porque para se fazer algo de pequena ou
grande monta, temos de começar. Fizemos o nosso acto de fé e vamos
cumpri-lo com a energia e senso estimuladores da nossa determinação.
Este nosso "
levar longe as nossas mensagens e vencer, porque a APPDH também vai
vencer. As causas não nos deixam alternativa, perante a degradação a que
a condição humana chegou. Não vergaremos frente à descrença de
quantos acham que o mundo está perdido e já não há volta a dar. A razão
da nossa existência é essa mesma: dar a volta para que o homem vença as
desgraças e faça juz à sua condição de superior espécie, combata a
misantropia com a implantação da filantropia. Não podemos ficar
indiferentes à xenofobia, à vingança, às hegemonias frente às desgraças,
à ameaça do futuro, à morte pela míngua de meios e pela doença, aos
crimes horrendos e a tudo que nos coloca perante a única escolha: insistir,
insistir, insistir...
Também não podemos ser influenciados por quantos assumiram
que ser superior é estar acima dos outros e de tudo, nesta roda da vida do
Estafeta", com todo o vigor com que foi preparado, vaisalve-se quem puder
que podemos viver melho num mundo em que à nossa volta não seja
posta em causa a segurança e todos sejamos vencedores com a promoção
e dignificação dos outros. A nossa maratona vai galvanizar crescente
numero de aderentes pela aposta de vencer e de fazermos vencedores, ao
atingirmos as metas que temos nos horizontes, sem desfalecimento.
Embora toda a nossa determinação e coragem, o projecto a que
nos propomos carece das mais amplas ajudas, desde a simples solidariedade
ao apoio financeiro, pelo que apelamos às entidades oficiais e a
todos aqueles que de boa-vontade disponham de alguns recursos que não
afectem as suas necessidades de sobrevivência. Também áqueles ou
áquelas que, investidas de formação nas áreas da assistência social e da
recuperação, disponham do seu voluntariado para podermos dar uma
vida nova a quem vive indigentemente na rua, sem emprego, por vezes
com a única forma de sobrevivência a venda do corpo. Há gente que
dispõe de condições físicas para o trabalho, que apenas necessita de
apoio inicial para se integrar numa vivência dignificante. Desde já
apelamos aos empregadores para admitirem trabalhadores que, mediante
uma recuperação a todos os níveis – saúde, capacidades físicas e uma
forte vontade de trabalharem e vencerem -, possam ser eficientes e não
defraudarem as expectativas. A partir do próximo numero, este jornal vai
lançar a adequada campanha.
Uma das nossa primeiras missões vai ser essa, de reduzir a indigência, se
bem que não perderemos tempo com aqueles que, obstinadamente,
desejam continuar na senda do crime e da marginalidade, têm primeiro
de arrepiar caminho...
É evidente que iremos desenvolver outras acções contidas no nosso
regulamento interno tão rápido quanto possível, sempre determinados a
vencer e a fazer crescer esta
Associação.
O Director
. Cabe-nos demonstrar que ser superior é ser digno,bola de neve que é o símbola da nossaVAMOS VENCER...
Vamos vencer,
leme do nosso barco. Numa longa viagem para
irmos a todos os lados, mesmo aos mais
exíguos, mas também darmos volta ao mundo.
Neste primeiro numero já deixámos a
indicação concreta, já navegamos um pouco
por vários lados.
é a aposta que fizemos aoVIVER MAIS
E MELHOR
4
Lisboa 28.Dezembro.2007MARGINALIZAÇÃO
E INDIFERENÇA
– O FERMENTO DA
CRIMINALIDADE
A sociedade não pode nem
deve olhar para os marginais ou
para os frustrados com despreocupada
indiferença ou mesmno com
desprezo. Estão no mesmo meio e
coabitam o mesmo espaço. São
parte de um mundo que, não
obstante os perigos que representam,
também querem ser gente. E
o desprezo e a indiferença
magoam-nos até à revolta, muitas
vezes dissimulada. São como um
fermento de pólvora que,
inesperadamente, explode.
OS PSICOPATAS SÃO
S E N S Í V E I S A O
ESTÍMULO
Quando alguém cumprimenta
pessoas de determinado grupo e
não estende a mão ás outras, estas
sentem-se minimizadas e ao
mesmo tempo indignadas, porque
foram excluídas. Cabe aos que se
consideram mais evoluídos
assumirem um comportamento
sociável indiscriminado, tendo
em conta que o exemplo
eticamente comportamental
constitui uma excelente forma de
ajudar a educar, a promover e a
dignificar.
Com assinalável estupefacção
colocamo-nos em frente de
notícias que dão conta de
determinado individuo, aparentemente
calmo e inofensivo, de ter
cometido um massacre no interior
de uma sala de aulas ou na via
pública. As vitímas representam,
para ele, o mundo inteiro que o
ignorou e o desprezou.
Estas ocorrências podiam ser
evitadas se estes indivíduos
fossem acompanhados em dois
apoios de premente contexto
preventivo: por um lado ser
registada a sua anómola forma
comportamental e por outro o
imediato acompanhamento
psicológico com a promoção do
lado bom, que há sempre, mesmo
nos criminosos. E tendo sempre
em conta a especificidade de cada
situação.
Não tenhamos dúvidas, se
não se exercer a divida prospecção
das anomalias - ou indigências
- dos anormais comportamentos
psíquicos e mentais,
iremos continuar a defrontarmonos
com desgraças que passam
por homicídios e massacres
indiscriminados, em consequência
do desleixo e falta de actuação
atempada.
Lisboa 28.Dezembro.2007
5Moura Cassina
Contudo o governador nessa noite conseguiu fugir para Tânger deixando as suas
filhas para trás.
Mas este não conseguia viver feliz ao pensar na pouca sorte das suas pobres
filhas. Até que num certo dia apareceu em Tânger um "carregamento" de
escravos vindos de Portugal onde se encontrava um homem de Loulé, que o
governador não hesitou em comprar.
Já no palacete o mouro perguntou ao Carpinteiro se ele não gostaria de voltar para
perto da sua família, este sem perder um segundo disse que sim. Logo o mouro
pegou num alguidar cheio de água dizendo ao louletano para ele se colocar de
costas para o alguidar e saltar para o outro lado, prevenindo-o que se caísse
dentro da água iria-se afogar no oceano, dando-lhe 3 pães (pães esses que
continham a chave para o desencantamento das mouras) diz-lhe o que fazer com
eles a fim de libertar as suas lindas filhas do encantamento a que foram sujeitas. O
carpinteiro salta e como num passe de mágica chega a sua casa abraçando a sua
mulher, logo de seguida ele vai até um canto da casa e esconde os 3 pães dentro de
um baú.
Passado algum tempo mulher descobre os pães e fica desconfiada por ele estarem
escondidos, então ela pega numa faca afim de ver se há alguma coisa dentro
deles, espetando a faca num de imediato ela ouve um grito e as suas mãos
enchem-se de sangue vindo do interior do pão.
Na véspera de S. João (dia para o encantamento ser quebrado) o carpinteiro
estava indiferente à animação pois só pensava em cumprir a promessa por ele
feita ao ex-governador, logo que pode pegou nos pães e foi até fonte. Chegando a
altura certa este atira o 1º pão para a fonte e grita por Zara, a mais velha das irmãs
e uma figura feminina sobe no espaço e desaparece diante dos seus olhos. Logo
de seguida atira o 2º e grita por Lídia volta a aparece-lhe outra bela rapariga que
desaparece no ar diante dele. Por fim atira o 3º e grita pela filha mais nova do exgovernador,
nada acontece, ele volta a grita por Cassima e uma jovem moura
aparece-lhe agarrada ao gargalo da fonte, que lhe diz que não pode sair dali
devido a curiosidade da sua esposa. Ele pede-lhe desculpa em nome da sua pobre
mulher, esta diz que a perdôa e que tem uma coisa para a mulher deste pois jamais
poderá sair daquela fonte e atira um cinto bordado a ouro para as mãos do
carpinteiro, enquanto desaparece no interior da fonte...
No caminho o Carpinteiro para ver melhor a beleza do cinto coloca-o em redor de
um troco de um grande carvalho, mas de imediato a arvore cai por terra, cortada
cerce pelo cinto fantástico.
Benzendo-se e rezando o carpinteiro compreende tudo: Cassima dera-lhe o cinto
apenas para se vingar! Sua mulher ficaria cortada ao meio, como o carvalho
gigantesco!...
Este correu para casa abraçou a mulher e nessa noite não consegui pregar olho
com medo que a moura ali aparece-se, mas isso nunca aconteceu. Tal como a
moura Cassima lhe dissera não mais poderia sair da fonte. Apenas por vezes,
segundo se diz - principalmente nas vésperas de S. João - ela consegue agarrar-se
ao gargalo da fonte, e mostrar sua beleza, e chorar a sua dor aos que se aventuram
por até lá....
Esta lenda passa-se em 1149, na véspera da
reconquista de Loulé aos Mouros pelo Mestre D.
Paio Peres Correia
Loulé estava sob domínio dos mouros e seu
governador tinha três belas filhas Zara, Lídia e
Cassima que era a mais nova.
Quando D. Peres se encontrava no exterior da
muralhas da cidade pronto para conquistar a cidade,
o
governador levou as suas filhas até uma fonte onde
seria
as encantou, com o objectivo de as preservar,
um possível cativeiro.
Ilustre louletano,
tal como a Tia Anica
Manto de Santo
António
À entrada da vila de Monchique
existe uma imagem de Santo António
com um manto azul bordado a ouro
que lhe foi oferecido por uma jovem
em agradecimento por o santo lhe ter
arranjado casamento. Mas a verdade é
que este casamento não foi tão feliz
como a jovem esperava. O marido
tratava-a mal apesar da gravidez
anunciada da mulher. Nasceu uma
filha que cresceu entre discussões
azedas até que aos oito anos a menina
decidiu apelar para a bondade de
Santo António pôr termo a tamanho
martírio.
Ajoelhou-se junto à sua imagem e
prometendo-lhe que nunca lhe
faltariam flores, a menina sentiu após
algumas horas que alguém lhe batia
no ombro. Um homem estranho e
atraente perguntou-lhe porque estava
ali e pediu-lhe algo para comer e um
sítio para descansar. A menina levouo
para sua casa e enquanto que a mãe
acolheu o visitante o pai resmungou
pelo atrevimento da filha. O visitante
dirigiu-lhe frases apaziguadoras,
alertando-o para o facto de que estava
a desperdiçar uma felicidade que
estava perfeitamente ao seu alcance: a
de viver em harmonia com a sua
mulher e a sua filha. Como que
encantado pelas palavras do visitante,
o homem ajudou pela primeira vez a
sua mulher a preparar a refeição e
sentiu que iniciava nesse instante uma
vida nova. Quando voltaram à sala, o
estranho homem tinha desaparecido e
no seu lugar estava uma pequena
imagem de Santo António, semelhante
à que se encontrava no nicho da
vila. A notícia do milagre correu a
aldeia e a partir daquele dia aquela
casa encheu-se de felicidade e ao
santo nunca mais faltaram as
flores.
Muito perto de Penela existem
dois montes elevados, em forma de
cone, que a lenda diz terem sido
habitados por dois irmãos
ferreiros, Melo e Jerumelo.
Estando cada um em seu monte
com a sua respectiva forja,
possuíam apenas um martelo do
qual se serviam alternadamente. A
distância entre o topo dos dois
montes era curta, assim de dois
quilómetros mais ou menos, e os
dois irmãos atiravam o martelo um
ao outro quando dele precisavam.
Decerto que já perceberam que
estes irmãos eram gigantes porque
de outro
modo não teriam força para atirar o
martelo. Um dia, Jerumelo
zangou-se com o irmão e atiroulhe
o malho com tanta força que
este se desconjuntou, caindo o
ferro na encosta do monte Melo
com tanta força que lhe fez brotar
uma fonte de água férrea. O cabo
de madeira de zambujo foi espetarse
na terra a dois quilómetros de
distância, fazendo nascer um
zambujo, que veio dar o nome à
povoação de Zambujal. A prova de
Os Ferreiros de
Penela
Tomada de
Silves
Reinava em Silves o inteligente e
corajoso rei mouro Ben-Afan que
numa noite de tempestade, no
intervalo das suas lutas contra os
cristãos, teve um sonho extraordinário.
Um sonho que começou por ser
um pesadelo, com tempestades e
vampiros, mas que se tornou numa
visão de anjos, música e perfumes e
terminou pelo rosto de uma mulher,
divinamente bela, com uma cruz ao
peito. No dia seguinte, Ben-Afan
procurou a fada Alina, sua conselheira,
que lhe revelou que tinha sido ela
própria a enviar-lhe o sonho e que a
sua vida iria mudar. Deu-lhe então
dois ramos, um de flor de murta e
outro de louro, significando
respectivamente o amor e a glória.
Consoante os ramos murchassem ou
florissem assim o rei deveria seguir as
respectivas indicações. Enviou-o ao
Mosteiro de Lorvão e disse-lhe que lá
o esperava aquela que o amor tinha
escolhido para sua companheira:
Branca, princesa de Portugal. Para
entrar no mosteiro, Ben-Afan
disfarçou-se de eremita e o primeiro
olhar que trocou com a princesa uniuos
para sempre.
O rei mouro voltou ao seu castelo e
preparou os seus guerreiros para o
rapto da princesa. Branca de Portugal
e Ben-Afan viveram a sua paixão sem
limites, esquecidos do mundo e do
tempo.
O ramo de murta mantinha-se viçoso,
até que um dia D. Afonso III, pai de
Branca, cercou a cidade de Silves e
Ben-Afan morreu com glória na
batalha que se seguiu. Nas suas mãos
foram encontrados um ramo de murta
murcho e um ramo de louro viçoso.
A LUTA DOS DEUSES
De: Erich von Daniken
O Antigo Testamento fornece dados exactos a respeito da luta no céu.
O profeta judeu Isaías (740-701 a.C.) registrou no Velho Testamento
crónicas a respeito de ocorrências e profecias, as quais, em seus fragmentos
ainda conservados, constam dos capítulos I a XXXV. No capítulo XIV,
versículo 12 está escrito:
"Então! caíste dos céus, astro brilhante, filho da aurora! Então! foste abatido
por terra, Tu, que prostravas as nações! Tu dizias: "eu escalarei os céus, e
erigirei meu trono acima das estrelas. As-sentar-me-ei sobre o monte da
assembleia"...
Contudo, também no Livro das Revelações de São João Evangelista, o
Apocalipse, do Novo Testamento, capítulo XII, versículo 7, encontramos
indícios bastante inequívocos das lutas havidas no céu:
"E houve guerra no céu: Miguel e seus anjos tiveram de combater o dragão.
O dragão e seus anjos travaram combate contra ele; porém estes não
prevaleceram. E já não houve lugar no céu para eles".
Muitos documentos primitivos da humanidade falam em guerras e lutas no
céu. Ao longo de milénios, o Livro de Dzyan, o livro sagrado de um dogma
oculto, ficou guardado em cavernas ti-betanas. O texto original (do qual não
se sabe se ainda existe em alguma parte) foi copiado, geração após geração,
tendo sido suplementado e enriquecido pelos iniciados com relatos e noções
novos. Trechos conservados do Livro de Dzyan foram traduzidos para o
sânscrito e, nesta forma, aos milhares, se acham difundiflos em todo o
mundo; os entendidos afirmam que esse livro relata a evolução da humanidade,
que se estendeu através de milénios.
Na Estrofe VI, o Livro de Dzyan diz:
"No quarto (mundo) foi ordenado aos filhos de criarem suas imagens. Um
terço recusou-se a acatar tal ordem, dois obedeceram. A maldição foi
proferida... As rodas mais antigas viram para baixo e para cima.
O germe-matriz encheu tudo.
destruidores e lutas pelo espaço;
tornou a aparecer de novo. Faze teus cálculos, Lanoo, se quiseres saber a
idade verdadeira de tua roda...”
No "Livro dos Mortos" egípcio,
naquela coletânea de textos
contendo instruções a respeito do
comportamento no além, e que, por
esta razão, acompanhava os
defuntos mumificados na tumba,
Houve lutas entre os criadores eo germe apareceu e, constantemente,Ra,
contra os
universo,
lutas, Ra teria abandonado o
o poderoso Deus do Sol, lutoufilhos rebeldes nomas, jamais, durante asgermematriz.Outrossim, o poeta romano
Ovídio (43 a.C. — 17 d.C), de
maneira bem compreensível,
tornou-se mais conhecido da
posteridade por sua
que por sua cole-ção de epopeias
mitológicas, as
Ars amandi, doMetamorfoses.Aliás, foi justamente nas
Metamorfoses
sobre
teve permissão do seu pai, o deus
do Sol,
carruagem do Sol. Infelizmente,
que Ovídio relatouFaetonte (o brilhante), queHélio, de dirigir aFaetonte
Esfera de ouro como estação espacial, do tesouro cosmológico de Cuenca! cair, incendiou a Terra.
não sabia dirigi-la e, ao
Tradições
de Natal
Por António Jorge Lé
A tradição é um claro e inequívoco
fio condutor que liga pessoas
de gerações diferentes.
Testemunha o passado e traz para
qualquer actualidade usos e
costumes que os nossos antepassados
nos legaram. Foi gente de
boa vontade que, com um carinho
de rara sensibilidade, preservou
esse velho costume. E ele passa de
anos para anos. E porque o Natal é
GRITOS CONTRA A INDIFERENÇA
(Excerto de uma conferência)
Universal dos Direitos Humanos já intervieram pessoas muito
sabedoras como o Professor Doutor Adriano Moreira e o Frei Bento
Domingues.
Os organizadores deste seminário de reflexão pediram-me que vos
tente sobretudo passar a perspectiva que tenho sobre esta temática, a
saber, os direitos humanos aqui e agora. A esse respeito permitam-me
que vos diga o seguinte: após 50 anos da Declaração Universal dos
Direitos Humanos podemos friamente constatar que, na sua grande
parte os Direitos Humanos, estão a ser claramente violados. Permitamme
que não passe em revista os 30 artigos da Declaração Universal dos
Direitos Humanos, o que seria fastidioso para todos, mas deixem-me
dizer-vos que é sabido que 1/3 da população do planeta vivem em
situação de pobreza, a saber, vivem com menos de 2 dólares por dia e
que 1/5 do planeta vive em situação de miséria absoluta, isto é, com
menos de 1 dólar por dia por pessoa. Falar de pobreza é automaticamente
falar de violação de direitos humanos. Efectivamente podemos
dizer que os 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos
podem ser agrupados em 5 grandes grupos: os direitos civis, os direitos
políticos, os direitos económicos, os direitos sociais e os direitos
culturais. Não há nenhum grupo destes direitos que não seja violado
em situação de pobreza. Uns são sistematicamente violados, outros
muitas vezes violados, outros violados e talvez alguns raramente
violados, mas em princípio todos são violados.
Por outro lado podemos afirmar hoje, e não será noticia para a maioria
de vós, que a existência de um número infindável de conflitos assim
como a existência de milhões de refugiados e de deslocados internos e
a existência de matanças quase sistematizadas em certas zonas do
globo fazem com que, nomeadamente, o artigo 3º da Declaração
Universal dos Direitos Humanos que consagra apenas e só o direito à
vida e que diz que "todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à
segurança pessoal", o mais sagrado de todos, esteja a ser violentamente
violado. Permitam-me também que vos diga o quanto o artigo 22º
que consagra o direito à segurança social está particularmente a ser
violado em muitos países que tenho visitado, sobretudo na África
Subsariana, na América Latina e a Ásia Meridional. Estes dois artigos,
o 3º e o 22º são, por si só, a cabal demonstração que efectivamente a
Declaração Universal dos Direitos Humanos, após 50 anos de
existência, está enferma de uma doença gravíssima que tem por nome
essencial a indiferença, a intolerância e o egoísmo, causas que
conduzem invariavelmente à exclusão, à morte, ao sofrimento e ao
desprezo pelos direitos humanos.
Estamos num mundo onde o desnorte, quanto a mim, já é total, estamos
a caminhar para uma política do caos. Estamos num mundo onde a
ausência de valores predomina. A esse respeito devo dizer que as
finanças se sobrepuseram à economia, que a economia se sobrepôs à
política, que a política se sobrepôs ao social e o próprio social se
sobrepôs à ética e à moral. Num sistema tão desnorteado e desvirtuado
não é de estranhar que estejamos na situação que anteriormente referi.
Muitas vezes as pessoas pensam que por se ter publicado legislação,
por se terem feito tratados entramos num mundo melhor. Nada é mais
errado. A elaboração de tratados é fácil, o problema está na sua não
aplicação posterior. Efectivamente, a Declaração Universal dos
Direitos Humanos é a prova mais que evidente do que acabo de referir.
É pois tempo que se interiorize que os valores e a própria democracia
não são perenes. Temos de estar atentos para evitar derivas que possam
revelar-se fatais para o caminhar positivo da humanidade. Hoje os
problemas são globais exigindo soluções globais. A esse respeito que
ninguém pense que estamos numa nave isolada, que nos podemos
abstrair dos problemas dos outros pois isso é um grande logro. Vamos
ter de nos preocupar com todos porque aí está a condição
sine quanonpara que nós próprios possamos ter um futuro. Ao permitirmos e ao
aceitarmos a violação dos Direitos Humanos estamos a condicionar
negativamente o nosso futuro colectivo.
Se me permitem diria que a geopolítica do caos que está a ser instalada e
que advém de uma revolução financeira-especulativa sem ética e de
proporções medonhas, só possíveis graças à própria revolução
tecnológica extremamente acelerada, está a alargar o fosso entre os
povos ricos e pobres, menospreza os Direitos Humanos e provocará
uma violenta revolução social. Costumo dizer que, infelizmente, as
linhas vermelhas estão a ser transpostas. Os limites do tolerável não
estão a ser respeitados o que faz com que no quadro da revolução
mundial em curso será vital para o futuro da humanidade, uma tomada
de consciência por parte da sociedade civil mundial. O caminhar da
mundialização em curso não é aceitável. É por isso que é preciso pôr
limites e regras a essa mundialização. Hoje em dia sabe-se que 250
pessoas no mundo têm um activo equivalente ao de metade da população
mundial. Essa enorme concentração em algumas mãos não é de
todo aceitável. Essa péssima redistribuição da riqueza e da produção do
mundo é francamente indesejável e terá consequências trágicas para
todos. A experiência demonstra-nos que a monopolização da riqueza e
do saber é sinónimo de violação dos Direitos Humanos.
Nesse sentido e porque estamos a falar no quadro do cinquentenário da
Declaração Universal dos Direitos Humanos, declaração essa promovida
pelas Nações Unidas pouco tempo depois de ter sido constituída,
conclui-se que as próprias Nações Unidas precisam de ser reformuladas.
Actualmente as Nações Unidas estão ultrapassadas, o sistema que
vigora no Conselho de Segurança com 5 membros permanente com
direito de veto não tem mais razão de ser. Há países com expressão
populacional e económica no Mundo, como a Índia, a Nigéria, o Brasil,
o Japão, a África do Sul ou a Alemanha que têm de ter uma voz mais
interveniente para que no Conselho de Segurança das Nações Unidas o
equilíbrio possa ser restabelecido, para que não fique nas mãos só de
alguns e sobretudo daquele que é a grande superpotência mundial, os
EUA. Esse equilíbrio é também fundamental para que as instâncias
emanadas do Tratado de Bretonwoods como o Fundo Monetário
Internacional ou o Banco Mundial possam também ter uma maior
democraticidade já que esses organismos, que efectivamente são
modelos operativos dos poderes dominantes, estão a desequilibrar
várias regiões do Mundo pelos planos que impõem e que vão sempre no
sentido de ultraliberalização do mercado. Uma reformulação das
Nações Unidas é fundamental para que a partir daí se possam reformular
uma série de organismos que não são legítimos nem democráticos
mas que, efectivamente, dominam o planeta. Se essa reformulação for
conseguida e se conseguirmos também uma mudança de mentalidades,
poderemos então ter daqui a 50 anos um discurso optimista no que diz
respeito aos Direitos Humanos. Infelizmente hoje não é o caso para mal
do futuro dos nossos filhos.
Minhas senhoras e meus senhores, permitam-me
que agradeça ao Sr. Padre Frederico Ribeiro,
representante do grupo organizador destas
reflexões e permitam-me que saúde todos os
presentes. Fiquei muito sensibilizado por me
terem convidado sabendo que antes de mim, no
quadro desta reflexão que se está a fazer por
ocasião do 50º aniversário da Declaração
Pelo Professor Fernando Nobre presidente da AMI
Alguns quadros cénicos remontam
ao século XVIII; outros,
como a Romagem do Diabo,
apareceram no século XIX.
Antigamente o
representado em vários teatros
do concelho figueirense. Com
t e x t o s a n ó n imo s b em
elaborados, os Autos Pastoris
da Figueira me-receram sempre
v á r i a s r e f e - r ê n c i a s d e
conceituados autores locais.
Maurício Pinto, Armando
Coimbra, Augusto Pinto, entre
outros, teceram elogios a esta
forma de expressão natalícia.
A Sociedade Filarmónica Dez
de Agosto está a dar continuidade
a esta benquista tradição
que culmina, por altura
dos Magos, com um "séquito
real", pelas ruas da cidade, onde
se destacam as figuras míticas
de Belchior, Gaspar e Baltazar -
os três reis do Oriente que
visitaram o Messias.
Vale a pena continuar a ver estes
ternos quadros da História da
Humanidade.
Presépio eraO LIVRO
BÍBLIA DO
FUTURO
Com a Associação Portuguesa
para a Promoção e Dignificação
do Homem a dar os primeiros
p a s s o s , mu i t a s p e s s o a s
passaram a sentir interesse em
lerem o lívro que lhe serve de
ideário. Quem dessejar adquirilo
poderá dirigir-se à APPDH e
levantá-lo, ou encomendá-lo
por e-mail, por via postal ou
pelo telefone e recebê-lo em
casa. Trata-se de uma oferta do
autor, a quem presentear a
Associação com um donativo
igual ou superior a 16 euros.
Tem 278 páginas. Não é um
livro religioso nem professa
tendências religiosas.Também
não procura demover quem
quer que seja das suas convições
nem exercer qualquer tipo
de instrumentalização. Tanto as
quotas como os donativos
podem ser deduzidos nos
impostos.
Podem utilizar o e-mail:
associacaoppdh@sapo.pt
ou telefone: 213428300
Jornalista
DIREITOS HUMANOS – AQUI E AGORA
6
o aniversário mais antigo que
conhecemos faz sentido, nesta
altura do final de 2007, pegar na
tradição de Natal.
Falo-vos de tradições que se
cumprem na Figueira da Foz.
Os Autos Pastoris e o Auto dos
Reis Magos – antigas representações
teatrais locais – que perduraram
no tempo e en-traram pelo
século XXI.
O
que envolve um misto re-ligioso e
pagão, inscreve-se na memória
colectiva da Figueira da Foz, para
além de se assumir como a
tradição mais antiga da cidade.
Em palco mostram-se Quadros
musicais, plenos de vi-vacidade e
que elevam de forma ingénua e
teatral o nascimento de Jesus.
Há um claro apelo à cultura
popular portuguesa, bem vincada
nas cenas que, outrora dispersas,
se juntaram num auto com características
muito peculiares e a
tocar o ideal vicentino.
Lisboa 28.Dezembro.2007
Presépio, claramente uma peçaA psicologia não é produto dos poderes
nem monopólio dos intelectuais.
Ela é domável por quantos, para
convencerem, oferecerem a melhor
segurança de análise.
A mulher pode cometer veleidades de
ordem financeira e provocar algum
ciúme, mas o homem conquista o seu
mundo ganhando uma mulher.
A nossa força de inteligência será tanto
mais poderosa quanto for o desalento
provocado na força destrutiva.
Bíblia do Futuro
Ana Cabrita - Psicologa A nossa liberdade termina onde começa a dos outros! A liberdade define-se como “ indivíduo, considerado isoladamente ou em grupo, em face da autoridade política e perante o Estado; poder que tem o cidadão de exercer a sua vontade dentro dos limites que lhe faculta a lei” A liberdade é algo difuso e difícil de definir, no entanto, é algo pelo qual todos lutamos e ambicionamos. Será que na realidade somos livres? Desde cedo lutamos pela nossa indepedência /liberdade. Todavia, fácilmente confundimos a liberdade com a libertinagem. Para sermos livres temos de respeitar as leis, mas que leis? - Leis de uma autoridade que nos impõem, que nos dizem por onde seguir mesmo que não concordemos! Se não o que fizermos estaremos a ir contra um poder suberano que nos penalizará! Somos livres para amar e odiar, para sermos fiéis ou infiéis, mas seja qual for o caminho que escolhemos temos sempre presente a crítica, quer construtiva ou destrutiva, a qual, muitas vezes, nos leva a perguntar: - será que estamos certos? Será que a liberdade implica uma certeza? A certeza de que estamos correctos? Numa democracia as opiniões existem porque existe liberdade de expressão, crítica e divergência , no entanto, para tal ser verdade tem de haver um universo de valores que é dominante, pois os sujeitos que o partilham fazem-no de uma forma comum e plural. Então o que é a liberdade? humano alimenta que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda...” Implica uma escolha? O homem tem no fundo a liberdade de fazer o que quer ou simplesmente de escolher? Será a escolha livre? Não será que essa escolha está à partida influênciada por valores que nos são impostos à priori? Se sim, existe liberdade de escolha mas tal não implica que sejamos livres, pelo menos livres interiormente! Estamos presos a uma corrente que não nos liberta durante toda a vida. Essa corrente é de descendência familiar, social e moral. E por mais livres que possamos pensar que somos, a verdade é que apenas somos nas escolhas que fazemos e na realidade só escolhemos o que nos é dado a conhecer. Ser livre é lutar pelo desconhecido em que acreditamos, naquilo em que temos fé, por aquilo que ambicionamos, sem temermos as consequências. É não ponderar o certo ou o errado, mas sim termos sempre presente a liberdade e respeito pelo próximo. É seguirmos por caminhos até então não lavrados, com a certeza que tal luta nos ajudará e consequentemente auxiliará o próximo. E isso pouca gente faz, o que me leva a crer que poucos de nós somos livres... A maior parte de nós não respeita o nosso semelhante, não tem o outro em conta, vive focado em si próprio e numa gratificação pessoal, confundindo, na maior parte das vezes, a sua libertinagem com liberdade e coragem. Liberdade não é só fazer o que se quer mas sobretudo fazer algo de bom em prol de todos nós, algo que nos faça mais felizes e confiantes, mais conhecedores e por isso mais livres. Não há liberdade sem confiança, sem conhecimento profundo de quem somos e do que queremos, não basta saber o que não desejamos, mas ter bem presente o que queremos, pelo que lutar! Neste mundo materialista e consumista em que vivemos, o que vem sempre em primeiro lugar é o que podemos ter para nos superiorizarmos ao outro, para o dominarmos sem que no entanto tenhamos a percepção que vivemos numa prisão imensa, na prisão do egoísmo bruto, que nos leva a fechar os olhos à dor do nosso semelhante. De que vale ser livre sem termos ninguém com quem partilhar essa liberdade? O Homem é um ser social por excelência e precisa do outro para ser mentalmente são. É com o outro que amamos e odiamos, que competimos ganhando e perdendo, que procriamos e principalmente que aprendermos e crescemos com as experiências mútuas! Para sermos realmente livres temos primeiramente de saber viver em sociedade e respeitarmos o Homem, pois essa é a única forma de nos respeitarmos a nós próprios, tendo sempre em conta que nós também somos os outros! Ana Cabrita – Psicóloga “Quando, alguma vez, a liberdade irrompe numa alma humana, os deuses deixam de poder seja o que for contra esse homem” – Sartre Justiça a favor da Comunidade Inês Abreu - Jornalista Havendo necessidade de coordenar a liberdade de cada um com a liberdade dos restantes, o homem serve-se do direito para alcançar uma adequada ordenação da sua conduta social, de modo a proteger e alcançar o bem comum da sociedade. As normas que são efectivamente usadas como padrões de justiça, variam de indivíduo para indivíduo, de grupo para grupo, de sociedade para sociedade e muitas vezes são praticamente incompatíveis entre si. Por exemplo, enquanto o liberal considera a liberdade como o ideal de justiça (isto é, acredita na norma em que todos devem gozar de liberdade) o socialista vê o ideal na igualdade (isto é, acredita na norma em que todos devem gozar do mesmo bem-estar económico). Quando se descobre que é impossível a realização simultânea desses dois ideais, o liberal prefere a liberdade ao custo da igualdade, ao passo que o socialista prefere a igualdade ao custo da liberdade. Uma ordem social que é justa do ponto de vista do liberal é injusta do ponto de vista do socialista. Algo é justo ou injusto apenas para um indivíduo para o qual a norma adequada existe, e essa norma existe apenas para os que, desejam o que a norma prescreve. Deste exemplo decorre que cada indivíduo, emergido no meio do qual faz parte, toma como verdades e meios válidos de conduta aqueles que o contexto lhe permitiu assimilar, pois nada relativo à existência do homem, indivíduo ou comunidade, pode pensar-se fora do quadro temporal e espacial. Há pois que avaliar a situação de cada indivíduo em particular, ter em conta o meio em que vive, a sociedade da qual faz parte. Este juízo valorativo e individual tem principalmente relevância na reabilitação do indivíduo permitindo a percepção das razões e motivações que o levam a agir em desconformidade com a lei e o encontro de soluções mais específicas e funcionais. Segundo Hans Kelsen, o principio moral que fundamenta ou do qual se pode deduzir uma doutrina de valores é o principio da tolerância: é a exigência de compreender com benevolência a visão ou vivência de outros mesmo que não a compartilhemos. Tolerância que não implica um juízo de desculpabilidade, mas acima de tudo de verdadeira justiça e de igualdade. Pondo em pratica este principio, o nosso país abriu o caminho da reabilitação através da Prestação de Trabalho a Favor da Comunidade, que é uma pena substitutiva da pena de prisão até um ano e cuja aplicação exige o consentimento do arguido. Consiste esta na prestação de trabalho não remunerado, a favor do Estado ou de outras entidades, públicas ou privadas, de interesse para a comunidade. A sua aplicação privilegia um adequado recurso às medidas não privativas de liberdade e permite o equilíbrio necessário e desejável entre a protecção da ordem pública e a reparação dos prejuízos causados à comunidade pela prática da infracção, tendo em consideração as necessidades especificas de reinserção social do delinquente. Estas medidas tornam-se menos estigmatizantes e a sua aplicação e execução têm por base a voluntariedade e co-responsabilização do arguido ou condenado, exigindo a sua participação activa no cumprimento da mesma, tendo o seu potencial pedagógico e ressocializador sido considerados de grande alcance. A Justiça abre assim as portas à reinserção do delinquente que tem oportunidade de re-aprender a sociabilizar e re-definir padrões morais e de conduta. Sem duvida uma iniciativa que toma em consideração o ser humano que está por detrás do criminoso e que, com tolerância, lhe proporciona uma alternativa válida e menos estigmatizante do que uma pena prisional, garantindo acima de tudo a sua dignificação. Importa seja qual for o tempo ou a forma de cumprimento da pena, certificar que a sociedade que o delinquente encontra o acolhe, e em tolerância lhe proporciona os meios para refazer a sua concepção de justiça, de liberdade e de respeito pelo próximo, permitindo-lhe vir a ser parte dessa mesma sociedade. A justiça é acima de tudo a consagração do respeito pela personalidade livre de cada um, ou por cada homem enquanto indivíduo. É a inequívoca proclamação da liberdade do indivíduo, cujo limite se encontra na fronteira da liberdade do próximo. Por Inês Pais de Abreu Jornalista e estudante de direito SUCESSO LABORAL PEDIR COLABORAÇÃO EM VEZ DE DAR ORDENS A empresa – ou empregador – que procura retirar o melhor e maior rendimento dos seus empregados, rentabilizando o dinheiro gasto com ordenados e puder contar com trabalho de qualidade,deve criar bom ambiente laboral. Não optar por uma disciplina em que alguns trabalhadores sejam polícias de outros nem enervar aqueles que têm dificuldades de percepção ou de integração. Há que usar da tolerância suficiente em casos específicos, principalmente quando o trabalhador necessita de ajuda ou se defronta com dificuldades de percepção ou de execussão. O trabalhador produz mais e melhor se ter à sua volta um ambiente de descontração e se o relacionamento com os colegas for pacífico e cooperante. Por sua vez, a entidade patronal deve d i s p o n i b i l i z a r mú s i c a ambiente – uma sonorização agradável e adaptada ao trabalho decorrente. Enquanto as tarefas podem render mais, o tempo passa mais depressa e o Quanto aos trabalhadores que têm cargos de chefia e de condução dos seus subordinados, também devem usar a psicologia necessária no sentido de não serem importunos, e também para que estes melhor e de forma mais fácil apreendam as suas instruções. E, quando tiverem de dar ordens pedirem colaboração, evitando exibir posições de superioridade. Sempre que necessário e possível, usar a tolerância quando tal se configurar, privilegiando sempre o entendimento. Um chefe deve ser também um professor. Nesta condição não deve criticar, antes mostrar-se cooperante e di sponibi l i z a r os s eus préstimos. A não ser em casos extremos, em que os subordinados não têm mesmo vontade de se tornar produtivos e eficientes. Continuação na página 13
UM SENTIMENTO DE LIBERDADE
ASTRONAUTAS DA ANTIGUIDADE
Existem várias publicações que sustentam fortes possibilidades de
terem existido astronautas em épocas muito remotas. Trata-se de
conjecturas que deixamos à análise e ao ajuizar dos leitores, sem
comentários que levem à crença ou à descrença.
O americano Charles Fort, desaparecido há cerca de meio século,
escreveu alguns livros que agitaram a estagnada ortodoxia científica. Ele
não terá pretendido catalogar factos insólitos, mas tão-só aproveitá-los
para afirmar a sua crença na existência de um traço fundamental entre
todos os acontecimentos
dogmática da ciência oficial. Dizia ele, "o desfile desses factos
inexplicáveis, para denunciar a atitudemalditosé mais importante do que os próprios factos". Ao pretender debater uma
questão como a possível intervenção de extraterrestres que trouxeram a
civilização aos Homens da idade da pedra, teria provocado nos meios
científicos uma confrangedora convulsão.
Também no século XIX, o físico inglês Lord Kelvin sustentava a
convicção de que o aparecimento do Homem se devia a uma intervenção
externa. E, Charles Fort, dizia que seres de uma inteligência superior,
vindos de algures – extraterrestres ou mais propriamente os antigos
astronautas -, tenham trazido, literalmente, a civilização aos Homens da
idade da pedra.
"A hipótese de a civilização humana dever muito a visitantes vindos
das estrelas parece-nos de um interesse perturbador e estimulante" –
dizia Charles Fort.
Valerá a pena ter em inestimável consideração as declarações de
Vladimir Avinsky, que foi geólogo e mineralogista na antiga Samarra, no
Volga, que sempre se empenhou em investigações para encontrar
vestígios de visitas de extraterrestres ao nosso planeta. Algumas das suas
revelações:
- No campo da ciência encontram-se inúmeros casos onde as mais
improváveis teorias se tornam verdades. As gravuras rupestres feitas ao
longo das épocas paleolítica e neolítica são por vezes atribuídas à
fantasia dos artistas primitivos. Mas a fantasia não se baseia ela própria
na realidade? Além disso as pinturas rupestres não podem ser consideradas
sob o ponto de vista da arte actual.
- O sábio austríaco Ch. Kruger defende que essas gravuras e pinturas
são expressão mais da experiência directa de um grupo de homens do
que da de um só indivíduo. Existe também a questão da semelhança das
imagens encontradas em diferentes partes do mundo. Como explicar tal
explosão, de uma fantasia admirável, no Homem pré-histórico?
Confrontado com as hipóteses de se tratar de uma civilização existente
num passado muito recuado, Avinsky achava que:
- O principal argumento contra a hipótese dessa protocivilização é o
estado intacto das fontes de energia e matérias-primas, sem as quais uma
sociedade industrial é impensável. Depois, nunca foram encontrados na
camada arqueológica da Terra vestígios de qualquer antigo complexo
industrial, ao passo que inúmeros deles aí foram deixados por culturas
primitivas.
- E a Atlântida?
- A lendária Atlântida, isolada como estava e dispondo de recursos
limitados de energia e matérias-primas, não pôde atingir um nível
industrial. Poderia ter sido aprovisionada do exterior, mas então haveria
vestígios disso noutras partes do mundo, o que não se verifica.
De notar que o investigador francês Mar. Dem demonstrou que jazigos
de urânio na Europa e alhures teriam já sido explorados na pré-história,
talvez por uma civilização desaparecida. Por outro lado, se, como alguns
propõem, a
Atlântida se situava na ilha de Tera, no Mediterrâneo, a destruição dessa
ilha não deve ter resultado de qualquer explosão vulcânica natural.
Confrontado com a possibilidade de terem vindo até nós extraterrestres,
e não terem deixado melhores vestígios, Avinsky prosseguiu:
- Um contacto directo poderia ter sido acompanhado de diferentes
manifestações de actividade tecnológica, biológica e social por parte dos
extraterrestres, e os participantes primitivos nesse contacto podem, em
numerosos casos, ter ficado inconscientes.
E prosseguindo:
- Alguns julgam que a prova indubitável de um contacto só poderia ser
um milagre cósmico, deixado pelos extraterrestres. Eu proporia dois
critérios para identificar fenómenos supostos de origem extraterreste. O
primeiro é tecnológico: certos elementos técnicos ou tecnológicos
encontrados em vestígios antigos são incompatíveis com o nível de
desenvol
vimento da sua época específica na História.. Tais elementos são
qualificados como tecnicismos historicamente incongruentes (Um caso
deste género é o fabrico pelos chineses, no século II, de um bronze de
alumáio). Reproduzem a realidade quase fotograficamente, são
praticamente independentes das correntes religiosas e sociais e prestam-
ASTRONAUTAS DA ANTIGUIDADE
se à análise mecânica e tecnológica. O segundo critério é geográfico:
permite escolher factos idênticos que coincidem em minúsculos
pormenores, factos que foram localizados em difetrentes épocas, em
povos diferentes e em contextos físico-geográficos e sociais dissemelhantes.
E prosseguindo:
- Artigos de marfim de morsa, qualificados como objectos
alados,foram encontrados na península de Tchukotski. Foram interpretados de
diversas maneiras: como figuras estilizadas de aves ou borboletas,
ornamentos de bastões de feiticeiro ou decorações de barcos. Mas a
análise aerodinâmica e estrutural desses objectos suscita uma outra
interpretação: reproduções de engenhos voadores. Claro que, se nos
pomos a interpretar todas as descobertas históricas como sendo de
origem extraterrestre, podemos chegar ao ponto de atribuir aos extraterrestres
as coisas mais estranhas. Para evitarmos isso, os factos disponíveis
devem ser examinados de muito perto, com o maior cuidado e em
todos os pormenores. Quanto à possibilidade de haver, além dos
técnicos, outros sinais que indiquem um paleocontacto, por exemplo, as
figuras parecidas com fatos espaciais. Entre elas, acham-se os famosos
dogus do Japão antigo e os seus análogos (as cabeças redondas) do
Tassili, os desenhos até aqui pouco conhecidos dos aborígenes australianos,
dos índios da América do Norte, dos povos de África e uma série de
vestígios maias. Um estudo atento dessas figuras e desses desenhos
revela os elementos essenciais de um escafandro espacial. O
de Madrid mostra numerosas personagens mitológicas transportando
pretensas mochilas identificáveis a sistemas individuais de sobrevivência,
a julgar pelos numerosos pormenores específicos, tais como mochila
rígida, os tubos flexíveis e os dispositivos de direcção e de iluminação no
capacete... Mais de uma dezena de desenhos de elementos semelhantes a
antenas colocadas na cabeça de figuras antropomórficas foram encontrados
em diferentes partes do mundo. A classificação destes desenhos,
segundo as suas características geométricas, coincide no essencial com a
classificação dos tipos conhecidos ou possíveis de antenas. Os desenhos
semelhantes a antenas prestam-se a uma análise que mostra os seus
parâmetros de funcionamento e usos fundamentais. Servindo-se dessas
especificações, propomo-nos delinear modelos que funcionem.
codex maiaSEM COMENTÁRIOS SEM COMENTÁRIOS
8
Lisboa 28.Dezembro.2007CHEGOU O FIM DOS
TEMPOS
A BÍBLIA E OS DIFERENTES
INTERPRETAÇÕES
Por Carlos Machado
Embora seja
um católico
p o u c o
p r a t i c a n t e ,
c o m o
a g r a n d e
maioria dos
que se dizem católicos, passei por
várias religiões, como a Jeová,
Evangélica, nas várias vertentes,
como Baptista, Presbiteriana,
Pentecostal, Adventista do
Sétimo Dia. Frequentei e
participei em várias sessões de
espiritismo e outras religiões mais
avançadas, como Sociedades
Secretas, entre muitas outras.
Possuo várias Bíblias, pois por
onde passei havia Bíblias e eu
também as comprei. Tenho uma
única inveja na vida. Não há como
os evangélicos, digo pastores
evangélicos, dado me ter
apercebido que grande parte
deles, sabe em que página está
cada parábola! Fantástico! Pude
comprovar isso e nunca vi tal em
padre algum. Lidei com alguns,
visto ser dos primeiros a pertencer
ao primeiro grupo carismático,
com o padre Fernando, vindo
depois o padre Lapa. Isto serve
para dizer que conheço um pouco
de religiões e de ter lido algumas
bíblias.
Em todas as religiões por onde
andei desde há 50 anos, tive a
graça de ter uma mãe e uns pais
dela, profundamente católicos,
que me levaram ao conhecimento
de Deus desde os meus 7 anos.
Que Benção, que Graça tão
grande eu recebi de DEUS por ter
nascido nesta família, pobre mas
séria e rica em ansinamentos
altruístas e tementes a DEUS.
Obrigado a DEUS. Já me estava a
desviar do tema. Pois bem, em
todas as religiões, como estava
dizendo, se fala imenso no fim dos
tempos. Que estão a chegar, que já
aí estão, que JESUS está a chegar.
Eu ainda vou ver, diz muita gente,
tal é a Fé, a esperança de um
mundo melhor, que ELE prometeu,
para todos aqueles que nele
acreditam. JESUS respondeu, a
alguns apóstolos, acerca da sua
vinda: "não sei, só o PAI que está
nos céus é que sabe. Porém
quando virdes pais matando os
filhos, filhos matando os pais,
fome, miséria e corrupção
incontrolável EU ESTOU
CHEGANDO". Estes são os
sinais. Avaliando o que se está
passando no mundo, quase todos
os dias se lê nos jornais e se vê na
televisão que um pai matou o
filho, um filho matou o pai. Irmão
mata irmão. A fome no mundo
africano é assustadora e até nos
países civilizados há fome!
Dizem as estatísticas que em
Portugal mais de 2 milhões e
meio passam fome... Diziame
uma velhota com 74 anos,
que recebia 70 euros de
pensão! 70 euros gasta o 1º
mini s t ro num a lmoço.
Pensando que estiveram cá
uns senhores para assinar o
Tratado de Lisboa, e o almoço,
segundo foi noticiado, foi de
10 milhões de euros. 10
milhões com os desvios!
Quanto à corrupção que se
alastrou em todo o mundo,
está incontrolável, ou seja,
chegou a um ponto em que os
pol í t i cos a f i rmam que
ninguém consegue parar.
Quando dizem que neste
momento, em Portugal, 100
Salazares já não conseguiam
endireitar o nosso país. Mas
está assim por esse mundo
fora. Milhões todos os anos
são dados pelos países da
União Europeia e pelos
Estados Unidos e outros
países ricos, para os países
africanos. Vamos lá e vemos
estradas de terra batida,
escolas de capim ao ar livre,
hospi t a i s que pa r e c em
pocilgas, sim, pocilgas. Eu
vejo na televisão dizer que os
presidentes desses países e
famílias têm depoistados nos
bancos de vários países, os
mesmos que dão o dinheiro,
milhares de milhões em
contas particulares. Claro
como água,só Jesus poderá
acabar com este sofrimento.
Como o seu povo não pode
aguentar mais, a vinda tem de
estar próxima.
Os sinais estão aí.
Tremores de terra como nunca
houve tantos. Cheias como
nunca se viram, arrasando
tudo, incluíndo vidas. Fogos
no Verão e no Inverno como
nunca houve dantes. Vários
são os casos em que a natureza
se está a revoltar, ou serão os
sinais que DEUS prometeu
aos crentes? "Quando virdes
coisas fora do normal a minha
vinda está próxima. EU
ESTOU A CHEGAR, quer
acreditem quer não, e desta
vez não ficará pedra sobre
pedra..."
Voltarei ao vosso contacto.
Até breve.
Carlos Machado
O fim dos tempos
Natural de Trás-os-Montes, Francisco Lage Pereira Nóbrega representou o F. C. do Porto e jogou na posição de avançado, onde teve um desempenho com elevado mérito, ajudando a conquistar alguns títulos. Jogou também na Selecção Nacional, ajudando e também aqui ajudou a construir algumas vitórias. 10 MARIZA Notável esta fadista natural de Moçambique, uma portuguesa que é cidadã do mundo. Dispensa apresentações: integrou os concertos do Live 8, foi nomeada para um Grammy Latino, pisou destacados palcos em todo o mundo, entre os quais The Guardian, ´Opera de Sydnev, Carnegie Hall, Salle Pleyel, Royal Albert Hall, entre muitos outros em que se contam os melhores em Portugal. A sua forte personalidade combinada com um misto de simplicidade, cortesia e simpatia, fazem dela um ser humano espectacular. TERESA SALGUEIRO Com um reportório musical invejável e muito característico da sua personalidade, já deu volta ao mundo e cantou e encantou, o que continua a fazer. E fez gravações com outros artistas de renome. Ela dá-nos bem a ideia da universalidade da música portuguesa. DULCE PONTES Cantora com uma versatalidade inegualável gravou um número sem conta de discos, expressando bem a ideia que o Festival da Canção, em que chegou a participar- fica muito aquém da notável diversidade da música portuguesa. De tudo o mais reconhecem-se-lhe elevados dotes de fadista e sua presença em palco é algo fascinante. Um dos seus discos mais notáveis é a " O MUNDO DA MÚSICA E DO DESPORTO NA DIGNIFICAÇÃO DO HOMEM Promover e Dignificar é também fazer as pessoas felizes, neste caso, no que respeita ao espectáculo. Neste âmbito temos superiores exemplos de que podemos fazer eco. Neste numero vamos aludir a figuras portuguesas, mas as estrangeiras não irão ficar de parte nas próximas edições, bem como outras figuras nacionais de relevo. Começando por 3 altas figuras do do espectáculo da música e da canção, a saber: PEYROTEO Alguma gente mais jovem já não sabe quem foi, mas a sua memória vai perdurar por longos anos nos meios futebolísticos. Fez parte dos um ataque demolidor que já mais se repetirá. Natural de Angola, em Portugal jogou no Sporting, tendo realizado 393 jogos com a camisola deste clube e marcado 635 golos. O seu potente remate causava apreensão aos defesas contrários, em especial aos guarda-redes. JOSÉ ÁGUAS Natural de Angola (Lobito) , em Portugal jogou no Benfica . Goleador nacto, marcou muitos golos, em especial de cabeça, dado o seu poder de elevação com os olhos bem postos na baliza adversária. Foi avançado, tendo ainda jogado com o Eusébio. Vai ser difícil de esquecer e ficará por longos anos no album de recordações da instituição benfiquista. FORA-DE-JOGO A PIOR LEI DO FUTEBOL Será de admirar e inesplicável que os fazedores de leis do futebol não tenham ainda alterado a lei do forade- jogo, a mais difícil de cumprir e a que mais prejudica o espectáculo. Marcar-se fora-de-jogo a partir da linha do meio-campo está de todo errado, porque, em certas situações, os jogadores de ambas as equipas são forçados a jogarem em metade do campo. Quanto a nós, o fora-de-jogo só deveria ser marcado a partir do limite da grande área em relação ao ataque. E que melhorias teríamos com esta alteração? Em primeiro lugar teriamos os jogadores mais divididos pelo campo, já que alguns defesas não poderiam subir demasiado no terreno. Haveria um futebol mais fluído. Em segundo lugar não seriam cortadas jogadas de excelente delíneo. Em terceiro lugar, com os jogadores mais divididos pelo campo haveria menos faltas e melhor espectáculo. Por vezes diz-se que a lei do fora-dejogo protege os guarda-redes. Aqui também há uma solução e os donos das balizas ficarão mais protegidos se: a pequena área ficasse interdita aos avançados contrários e esta ficasse apenas reservada ao guardaredes e aos defesas. Assim. Os golos que fossem marcados dentro da pequena área não contariam, mas passaríamos a ter golos mais bonitos. Fica a sugestão, se é que de aproveitar. AS ORIGENS DO FADO O fado teve início nas tabernas e nos pátios dos bairros mais tradicionais de Lisboa, como Alfama, Mouraria, Bairro Alto, Castelo e Madragoa, sendo cantado pelo povo. Dado o interesse que suscitou, a fidalguia passou a assistir. Foi com Maria Severa que passou a divulgar- se e a incrementar-se. Os temas cantados baseavam-se na saudade, nostalgia, ciúme e touradas, em termos clássicos. A moda pegou de tal forma que apareceram aqueles que ficaram na lenda desta única forma musical em todo o mundo, nomeadamente Alfredo Marceneiro, Berta Cardoso, Hermínia Silva, Maria Teresa de Noronha, Fernando Farinha, Fernando Maurício, Lucília do Carmo, Manuel de Almeida, entre outros. O apogeu surgiu com Amália Rodrigues e com a participação de letras de poetas famosos, como Luis de Camões, José Régio, Pedro Homem de Mello, Alexandre O'nill, David Mourão Ferreira , José Carlos Ary dos Santos, além de outros. Novas figuras surgiram numa época mais recente, tais como João Ferreira Rosa, Teresa Tarouca, Carlos do Carmo, Beatriz da Conceição, Maria da Fé, João Braga, até à chegada de Mariza, aquela que actualmente é considerada a exponente máxima. Apareceram também novos autores de letras, tais como Sophia de Mello Brayner, Fernando Pessoa, António Botto, Afonso Lopes Vieira, Miguel Torga, Frederico de Freitas, Frederico Valério, José Fontes Rocha, Alberto Janes e Carlos Gonçalves. O fado não teria a expressão que hoje lhe é reconhecida mundialmente, se não fossem as imprescidiveis e mágicas guitarra e viola, com executantes de renome: Armandinho, Jsé Nunes, Jaime Santos, Raul Nery, José Fontes Rocha, Carlos Gonçalves, Pedro Caldeira Cabral, José Luis Nobre, Paulo Pereira, Alfredo Mendes, Martinho d'Assunção, Júlio Gomes, José Inácio, Paquito, Jaime Santos Júnior, Carlos Manuel Proença e Joel Pina. Actualmente novos talentos estão presentes, tais como Joana Amendoeira, Mafalda Arnauth, Katia Guerreiro, Camané, etc. O fado continua com um perfíl típico pelos tradicionais bairros de Lisboa, encantando aqueles que nos visitam, em especial os turistas, com esta forma de vida de um especáculo único, se bem que nos países onde existem portugueses tenham aberto casas de fado, bem como nos novos países de expressão portuguesa. Quando se diz que o fado é triste, revelando máguas, é bom ter em conta os sentimentos de romantismo e a sublime e agradável nostalgia que encarna, além de se tornar alegre com algumas desgarradas. Ele nasceu improvisadamente e contia a ser improvisado em muitos casos, tal o seu fascínio improvisionador, ou não. Foi em honra de Zeus que a Grécia se reunia em cada 4 anos no Peloponeso, na confluência dos rios Alfeu e Giadeo, com a cidade Olímpia a erguer-se. Foi a partir do ano 776 a.C. que cedeu o seu nome à maior competição desportiva na história da humanidade – os jogos olímpicos. O primeiro vencedor foi foi o atleta Coroebus, que recebeu uma coroa de folhas de louro. O seu início terá ocorrido l94 anos a.C., mantendo o seu espírito desportivo com o objectivo da disputa de desafios corajosos, até ao ano 394 d.C., quando o imperador Teodósio II ordenou a sua interrupção, parecendo então condenada ao desaparecimento, a se transformar apenas num acto histórico. Interrupção que durou quase 1500 anos. Foi o idealista francês Barão Pierre de Cobertin, com a sua intervenção (1492 que impulsionou a retoma. JOGOS OLÍMPICOS BREVE HISTORIAL continua no próximo número
NÓBREGA
. A HEPATITE “A” E OS MAUS ...
. TÓPICOS A OBSERVAR NA ORI...
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