Sexta-feira, 8 de Fevereiro de 2008

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FOI MOURINHO QUEM O DISSE

 O PODER DAS CIENCIAS HUMANAS
 
"Conheci uma pessoa  formada em ciências humanas da qual retirei bons ensinamentos" – disse José Mourinho, em determinada altura.
    E não se tratou de ensinamentos no tocante a estratégias nem tácticas de jogo, mas sim da ciência de fazer amigos e influenciar pessoas. Por alguma razão os seus jogadores acatavam incondicionalmente as suas directrizes e sentiram profundamente a sua ausência no dia da retirada, já que eram tratados como "gente nobre", cujo talento posto em prática excedia as mais elevadas capacidades. A acção incisiva sobre  os jogadores usando a psicologia e a deferência humana era de tal ordem que eles se sentiam com poderoso estímulo e inesgotáveis para renderem até ao extremo das suas capacidades. E porquê? Porque se sentiam estimados e distinguidos por uma relação tanto de humana como promotora da dignidade.
    Esta táctica resulta de uma forma comportamental de se provar sentir que toda a gente gosta de ser tratada como gente, está a ser copiada por outros técnicos e deve alastrar a outras actividades, em que os chefes devem revelar profícua amizade e cortesia para com os seus subordinados.
  Não é com berros, ameaças e recriminações que se consegue retirar das pessoas que comandamos todo o seu querer e trabalho de elevada eficiência. Como tal, todos os chefes, ainda que possuidores de pouca cultura, ao lidarem com os seus subordinados, devem fazer uso do seu poder psicológico para colocarem em prática o relacionamento humano suficiente para que os subordinados sejam capazes de colocarem em prática as mais elevadas capacidades de trabalho, como prémio atribuído a quem os dignifica e para se sentirem estimados e distinguidos..
     José Mourinho aprendeu muito ao serviço do futebol. Sabe muito de tácticas e é bom observador da condução do jogo e da forma como se deve opor às pretensões dos adversários. Mas ele tem sempre um 12º jogador em acção: chama-se humanização, revelada na relação com os seus atletas. E os seus colegas adversários mais perspicazes já o sabiam, antes de ele o dizer publicamente.
Como o exemplo é sempre a melhor forma de educar, José Mourinho está a ser grande estratega na arte de educar, um bom professor que soube ser bom aluno ao aceitar, com primorosa assimilação, os ensinamentos recolhidos do seu amigo humanista.

 

A GUERRA E A FORTALEZA CONTRA O APOCALIPSE

Do Professor Fernando Nobre inserimos expressiva e talentuosa mensagem por um mundo mais humano, um tema intemporal que defende os princípios éticos e morais, um apelo à vivencia orgulhosamente feliz.
     A miséria que choca e humilha, a aplicação de regras mais éticas emanadas dos principais órgãos mundiais, a independência e transparência das Nações Unidas, a escuta dos cidadãos, o cinismo e a ignomínia a encerrar. Trata-se de um grito de alerta dirigido a quem tem a responsabilidade de mudar o mundo para melhor, desde o simples cidadão às altas esferas onde reside o poder de decisão.
     Um tema que preenche a ainda vaga quanto à realização de conferências assinaladas nos Estatutos da APPDH, c) do Artigo 3º, Capítulo II, destinadas à sensibilização dos directos responsáveis para o combate às situações degradativas das pessoas e do mundo. Um grito para que a Promoção e Dignificação do Homem sejam uma inadiável realidade.

 

Colaboradores
 nesta edição

 

- Prof. Fernando Nobre

- João Carlos Fonseca

- António Jorge Lé

- Inês Pais de Abreu

- Hélia Alves

- Ana Cabrita

- Carlos Machado

- Cecilia Correia

- Ricardo Molino

- Rita Almeida

- Philippe Burnay

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O SONHO DA INDIA

Esta peça teatral de 1898, é uma preciosididade rara escondida nos escarates. De relevante interesse documental e de um retrato das formas de vida dessas épocas, com Portugal no topo do mundo em matéria de navegação. Um presente valioso aos nossos leitores, tal o fascínio que nos suscita.

D. Pedro de Noronha – Acharam o fim de Africa, um terrivel cabo e dobraram-n`o!
D. João II – Viva Deus! Eu não vos dizia, Mestre Rodrigo, que ella tinha um fim. Obrigado D. Pedro, pagar-vos-hei vosso serviço. Meus Senhores, vou para Lisboa hoje mesmo; apparelhae-vos para a viagem. Oh! Bartholomeu Dias, preciso abraçar-te. (Ao principe). Estás ahi Affonso? Vou a Lisboa, queres ir ou ficar?
Affonso de Paiva – Quero ir comvosco.
D. João II – Pois vem. Vamos dizel-o à rainha. Que alefria ella vae Ter! Mascarenhas, que tudo seja prompto, d`aqui a uma hora.
O Fildago – Sim, meu Senhor. (Sae com o principe. Seguem-n`o).

                PERSONAGENS DO QUADRO SEGUNDO

Pero de Alemquer, piloto; Martim Alho, taberneiro; 1º Popular; 2ª Popular;1ª Freguez; 2ª Freguez; Maria Parda; Um escudeiro

                                   QUADRO SEGUNDO

Uma taverna, ou tavolagem, na Ribeira. As mezas, marinheiros, frades, populares, judeus, etc. Pela porta do fundo populares passam apressados. É manhã.
Martim Alho, ao balcão, a um freguez que bebe de pé – Que azafama, hein?
1º freguez – Se vos parece que o caso é para menos.
Um escudeiro – Pois que ha? Tantos capitães têem chegado, sem este barulho.
1º freguez – Mas é que este, pelos modos, fez alguma cousa de maior.
Martim Alho – e assim não fôra não viria El-Rei de Santarem a toda a pressa, esta noite para o receber.
Um escudeiro – E quem é o homem?
Martim Alho – Bartholomeu Dias. Parece que andaes na lua.
1º freguez – Martim Alho, é que o vosso vinho tira a memória.
Martim Alho – A quem a não tem.
Um escudeiro – Olhae Maria Parda como dorme.
Maria Parda que escabeceia sobre uma mesa – Hein? Eu? É do vinho talvez? Ainda o não provei, hoje. Que o diga ali o Martim, - que é mais avaro do que um mouro de Alfama - se lhe puz os beiços.
Martim Alho – Se pagas, bebes.
Maria Parda – Obrigada. Bebi hontem o chale, hoje a peneira, que diabo queres tu que eu beba mais? (Levanta-se cambaeando) Não é porque não tenha sede que essa nunca acaba.
Um escudeiro – Tens sêde?
Maria Parda – Como um condemnado, no inferno. (ao balcão).
Martim Alho – Se queres agua...é do Borratem.
Maria Parda – Bebe-a tu. Isso é bebida de rãs. (Ao escudeiro) Eh! Escudeiro de má morte, nao te descoses, hein?
Um escudeiro – Só se fizeres uma trova.
Maria Parda – A quem?
Martim Alho – A mim.
(Os freguezes cercam-n`a; um toca viola)
Maria Parda, canta – Martim, soccorre-me agora,
Seja fiado ou de graça, que já não sei que mais faça!
 C´o a sêde que me devora; Martim Alho, meu amigo,  Martim Alho, amigo meu,  tâo sêcco trago o umbigo como nariz de judeu.
     (G.Vicente.)
   (Gargalhadas)
Um escudeiro – Ganhaste. Meia canada para a Maria Parda.
Maria Parda – Meia! Só! (o taberneiro dá-lh`a) Ora vão lá trovar para estes pelintras! Enfim...vivam! (Bebe)
(Grande ruido na rua. Correm alguns freguezes à porta)
2º Freguez – É a maruja que desmbarcou.
Maria Parda – Chamem-nos que devem trazer bons cruzados.
1º Freguez – É Pero de Alemquer.
Martim Alho – Qual? O piloto?
1º Freguez – Esse.
Maria Parda – Conheço... e é generoso.
(Pero de Alenquer apparece à porta, seguido da populaça ruidosa)
1º Popular – Dá-nos novas.
2º Popular – Que tal  a viagem?
(Pero entra)
Martim Alho – Vens mais negro.
Maria Parda – E mais guapo.
Pero de Alemquer – Olha a Maria Parda. É dos teus olhos. Ainda vives?
Martim Alho – Está de vinha de alhos.
Maria Parda – Quem dera!
2º Popular – Então sempre chegaram à India?
Martim Alho – Conta lá, Pero.
Pero de Alemquer – Estás ainda curioso, Martim Alho? Dá-me primeiro uma sêde de vinho para desnferrujar a lingua.
Martim Alho – Deveis vir desejoso, que lá por essas terras de gentios nao será facil proval-o.
Pero de Alemquer – Imaginas que o Seixal ou Azeitão ficam para lá da linha?
Um escudeiro – E o que vae nas pipas?
Pero de Alemquer – Esse fica pelo caminho. Bebem-n`o os peixes, que o vasilhame vae-se na dança do mar. ( O taberneiro dá-lhe vinho) Dae a esta gente.
Maria Parda – Santa Palavra, nem de conego.
Martim Alho – Mas diz lá, homem, acharam emfim o Prestes João?
Pero de Alemquer – Qual Prestes João nem qual diabo! Se elle é lá para o meio da Africa e nós andámos-lhe á roda!
1º Freguez – Á roda?
Pero de Alemquer – É como dizeis.
Martim Alho – Á roda de Africa? Acabou a costa?
Pero de Alemquer - Não acabou, que lá está; mas tem fim, e esse achamo-l`o nós.
2º Freguez – É como diz o fim do mundo?
Pero de Alemquer – Quasi.
Maria Parda – Conta, Pero.
Pero de Alemquer – E chegados ao fim voltámos para o outro lado, e se não foram os perros dos marinheiros – coitados, elles tinham razão não havia um com saude, nem co força de beber meia canada...
Maria Parda – Essa agora... (Risos)
Pero de Alemquer – Pois se não fossem elles, tinhamos chegado ou ao Prestes ou á India, ou onde o demonio fosse. Cousa grande com certeza, que d`isso estava convencido o capitão, e elle não se engana.
Martim Alho – Bartholomeu Dias?
Pero de Alemquer – Pois quem? Quem ha ahi que se entenda com o mar como elle?
Martim Alho – E trouxeram escravos?
Pero de Alemquer – Quaes escravos? Se até lá deixámos os que Diogo Cão trouxe da ultima viagem.
Martim Alho – Conta lá isso homem. Por miudos...
Pero de Alemquer – Mas enche a medida, que tenho mais sal na garganta do que nas marinhas do Tejo. (Senta-se sobre uma das mezas) Lembram-se que partimos d`aqui vae para dezasete mezes. Iamos em dois navios: o do capitão Bartholomeu e o do João Infante, que é tambem um marinheiro, ás direitas. Eu era piloto do primeiro. Ía tambem a barca dos mantimentos, com Pero Dias, irmão do meu capitão. Pois por ahi fóra fomos, sem novidade, até chegar á Mina, onde El-Rei mandou fazer uma rica fortaleza, e correndo ao longo da Guiné, chegámos ao Zaire. Passámos o Congo, chegámos a Mossamedes, e lá vimos o ultimo padrão de Diogo Cão. Continuámos até á Angra do Salto. Tambem lá saltámos, e deixámos os negros que o Diogo ali apanhára.
Martim Alho – Para que?
Pero de Alemquer – Por ordem de El-Rei; que quer paz e amizades por onde passarmos e não desordens. Assim entenderá que é melhor. Para diante é que ninguem tinha passado. O capitão cheio de fé e de alegria dizia-nos: «agora, nós, rapazes; tudo o que se fizer a mais será em gloria de El-Rei, e elle não é mesquinho em mercês». Velejando para o sul, na primeira bahia saltámos em terra, puzemos o primeiro padrão – de S. Thiago – e deixámos a ultima negra.
Um escudeiro – E como a deixaram?
Pero de Alemquer – Entregámo-l`a aos patricios.
Martim Alho – Viste l`os?
Pero de Alemquer – Nunca vi raça mais feia de gente.
Um escudeiro – Sim, hein?
Pero de Alemquer – Os homens têem o nariz rombo e chato como uma cabeça de pescada, e uns beiços que parecem forrados de baeta.
Uma Mulher – E as mulheres?
Pero de Alemquer – De cara, o mesmo; mas tem outras graças. Cáe-lhe a barriga, ou o que é, pelas pernas abaixo, que parece que andam de aventaes de ferreiro, e por detrás, ó rapazes... ( Faz o gesto de indicar grandes nadegas)
1º Popular – O que é?
2º Popular – Como são por detrás?
Pero de Alemquer – Têem um assento (Gargalhadas) que não cabe n`uma cadeira de bispo.
Um escudeiro – Grande, hein?
Pero de Alemquer –Quando andam, pela côr, ao longe, parece que trazem um ôdre atado á cintura.
Maria Parda (acordando)-  Com vinho?
(Gragalhadas)
Martim Alho – Andam despidas.
Pero de Alemquer – Como as mães as deitam ao mundo. (Com gestos) Os filhos assentam-nos n`aquelle andaime e atiram-lhes os peitos por cima do hombro. O rapaz agrra-se e mama. (Risos)
Martim Alho – Depois, depois?
Pero de Alemquer – Para diante fomos parar ao Cabo das Voltas, como lhe chamou o capitão, ao pé de um rio, tamanho como o Tejo.
Martim Alho – Porque lhe chamaram das Voltas?
Pero de Alemquer – Porque estivemos cinco dias ás voltas com o vento, sem o poder dobrar. Saímos ao sexto dia levados por elle, e agora o verás. Fomos atirados para o mar, sem mais posses nem governo! Mar e vento nunco os vi assim! Nem signal da costa, nem rumo! Manobra vão lá fazel-a: aguaceiros, chuvas de arrazar, nevoeiro fechado e isto a voar pela agua, sem se saber por onde nem para onde!
1º Popular – E quanto tempo?
Pero de Alemquer – Uma bagatella: treze dias!
Vozes – Eia! Com S. Pedro!
Martim Alho – Como pararam?
Pero de Alemquer – Esfriou de repente o ar, que regelava. O vento abrandou. Onde estavamos? Toca a virar a leste á procura da costa. Nada de costa; mar e mais mar. Vira-se ao norte e, em dois dias, terra pela proa! Saltámos n`uma angra onde pastavam vaccas: os vaqueiros, mal nos viram, fugiram terras a dentro. Chamámos-lhe a Angra dos Vaqueiros. Vaqueiros não apanhámos nenhum...
Um escudeiro – Mas apanharam vaccas...
Pero de Alemquer – E comemol-as.
1º Popular –E que tal a carne?

 


Pero de Alemquer – Carne de vacca. Imaginavas que era salgada?
1º Popular – Não, que era preta.
Pero de Alemquer – As vaccas não são filhas dos pretos. (Risos) Martim, tenho a lingua secca, de tanto fallar.
Maria Parda – E eu de ouvir.
(Risos. O taberneiro enche)
Martim Alho – Vá, segue.
Pero de Alemquer – Seguindo a leste, saltámos n`outra bahia – de S. Braz. Ahi a pretalhada recebeu-nos com zagunchos e pedras. Demos cabo de alguns e partimos, até chegar a outra angra deserta, onde pozémos o padrão até Santa Cruz. Ora, aqui, a marinhagem e os mestres começavam a murmurar. A costa era ingrata, os navios estavam cançados, os homens caíam, pelo chão, doentes!
Martim Alho – E o capitão?
Pero de Alemquer – O capitão fingia não perceber, porque lhes dava certa razão. Até que um dia – para evitar algum damno – chamou-os a todos, e pediu-lhes coragem e prudencia. Diziam que estavam cançados e doentes. Com boas palavras, lhes respondem e pediu que o ajudassem. Clamavam que não podiam mais, que não tinham forças... Então o capitão pediu mais tres dias! só tres dias! de viagem, porque tinha esperança de encontrar alguma grande novidade! E que se não, então voltariam as proas para trás e velejariam para Portugal.
Matrim Alho – E deram-lh`os? Os tres dias?
Pero de Alemquer – Ninguem podia negal-os. O capitão era um pae para todos, todos lhe queriam bem.
Um escudeiro – E ao fim dos tres dias?
Pero de Alemquer – Viu-se um grande rio, deserto. O primeiro que saltou na praia foi João Infante. O rio ficou com o nome d`elle. D´ahi voltámos...
Martim Alho – Para trás?
Pero de Alemquer – Para trás! A marinhagem conjurada, avisou de que não embarcaria senão para Portugal. Estavam n`um mar novo, desconhecido e começou a invadil-os o medo de maiores trabalhos! Queriam voltar á sua terra. Mestres e officiaes concordavam. O capitão cedeu. Lavrou-se um auto assignado por elles, em como o capitão era obrigado a voltar...e voltámos. Foi á volta que vimos o cabo.
Martim Alho – O capitão havia de lhe ter custado...
Pero de Alemquer – Coitado! Elle lá a tinha fisgada de que não se devia parar ali. Entristeceu...e quando, voltando, assámos pelo padrão de Santa Cruz, que alvejava n`um morro sobranceiro á praia, o capitão encostado á amurada, poz-se a olhal-o, a olhal-o, a arrazarem-se-lhe os olhos de lagrimas, até...chorar!
Vozes – Chorou!
Pero de Alemquer – Vi-o, eu! Abeirei-me d`elle e disse-lhe: tendes saudades d`aquele padrão? Ah! Pero! É como se deixasse um filho! Mas heide vêl-o outra vez! (Limpando uma lagrima) E... havemos! (Pega no copo, bebe e levanta-se. Atira uma moeda ao balcão)
Pero de Alemquer – Paga-te, Martim.
(Ouve-se sussurro ao longe)
Matrim Alho – E na volta? Não houve cousa de maior?
Pero de Alemquer – Ah! Faltava um caso. O mais triste! Ao pé do Cabo das Voltas tinhamos deixado a barca dos mantimentos para refrescarmos, quando voltassemos, com uns vinte homens. Os negros da costa assaltaram o navio e mataram alguns dos nossos: a febre matou outros. Quando lá chegámos só havia tres, vivos; e um d`elles tão fraco e doente que com a alegria de nos ver outra vez, morreu! Chamava-se Fernando Collaço, e era do Lumiar.
Vozes – Deus lhe falle n`alma.
(Ouve-se grande ruido de povoléo. Tiros no rio. Cornetas)
1º Freguez – Vinde ver. Vinde ver.
Vozes – O que é?
1º Freguez – É Bartholomeu Dias que vae para o paço. E João Infante...
Um escudeiro – Eh! Pero e tu? Vou apanhal-os. (Sáe e atrás d`elle, excepto Maria Parda, toda a chusma)
Martim Alho, pondo o barrete e abotoando o gibão – Leva arriba, Maria Parda, que vou fechar.
Maria Parda – A esta hora?
Martim Alho – A ronda hoje é mais cedo. Vá? (Empurrando-a)
Maria Parda – Tende cuidado.
Martim Alho – Que podeis bolsar?
Maria Parda – Até os taberneiros vão ao paço? E não ha de o vinho estar caro! (Martim Alho leva-a fóra da porta, sae para a rua e dá a volta á chave)
Quadro Terceiro
Lisboa. Um salão, no paço. O Rei D. João II, o filho, a côrte.

D. João II, a Bartholomeu Dias que entra. Erguendo-se – Sêde bemvindo. Anceio por ouvir-vos, valoroso capitão. (Bartholomeu Dias vae beijar-lhe a mão) Que nova me trazeis?
Bartholomeu Dias – Senhor, não aquella que eu quizera trazer e que mereceria ouvir um tão grande rei como vós; mas a que o favor de Deus me concedeu que vos trouxesse.
D. João II – Esse misterioso rei não apareceu ainda?
Bartholomeu Dias – De certo que o seu reino mais perto é do que aonde fomos, que não pode haver reino christão entre gentes bestiaes, vivendo á regra da natureza.
D. João II – De onde vindes, então?
Bartholomeu Dias – Do caminho do Oriente; o sol nascia-nos á direita depois de dobrarmos o cabo.
D. João II – E como o dobrastes?
Bartholomeu Dias – Com as tempestades em que se envolve e em que andámos perdidos por treze dias, à mercê de Deus!

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O RUFAR DOS TAMBORES DA GUERRA E A FORTALEZA CONTRA O APOCALIPSE

 

Do Professor Fernando Nobre inserimos expressiva e talentuosa mensagem por um mundo mais humano, um tema intemporal que defende os princípios éticos e morais, um apelo à vivencia urgolhosamente feliz.
     A miséria que choca e humilha, a aplicação de regras mais éticas emanadas dos principais órgãos mundiais, a independência e transparência das Nações Unidas, a escuta dos cidadãos, o cinismo e a ignomínia a encerrar. Trata-se de um grito de alerta dirigido a quem tem a responsabilidade de mudar o mundo para melhor, desde o simples cidadão  às altas esferas  onde reside o poder de decisão.

a APPDH, c) do Artigo 3º, Capítulo II, destinadas à sensibilização dos directos responsáveis para o combate às situações degradativas das pessoas e do mundo. Um grito para que a Promoção e Dignificação do Homem sejam uma inadiável realidade.

O título deste texto não é nenhum conto para crianças, mas também o poderia ser se o propósito fosse mostrar-lhes uma janela de esperança e impedir que repetissem os erros já cometidos pelos seus pais e avós.

A janela de esperança, efectivamente, ainda existe! Embora estreita, representa o sonho que está sempre presente em cada um de nós e que está a permitir a edificação de uma fortaleza contra o apocalipse. Essa fortaleza é constituída pelos cidadãos conscientes e informados do mundo que não abdicam dos seus valores e que por isso mesmo pugnam de forma determinada por um Mundo mais Humano, onde a Cidadania Global deverá ser uma realidade e onde os princípios éticos e morais deverão ser decisivos na tomada de decisões coerentes e de salvaguarda da Humanidade.

Nesse novo Mundo possível, a miséria absoluta, de que padece diariamente um quinto da população do Planeta Terra, seria erradicada e já só seria possível de ser vista num museu construído para o efeito, como sonha o último Nobel da Paz, o Professor bengali Muhammad Yunus.  Esse museu, como o do holocausto Nazi, seria a prova viva da nossa memória colectiva sofrida, mas iluminada. Sofrida porque nos confrontaria com o facto de termos sido suficientemente inaptos e insensíveis para aceitar viver durante uma eternidade num mundo onde a "miséria assassina" vitimizava milhões de seres humanos todos os anos, qual verdadeiro genocídio silencioso e esquecido. Iluminada, porque ao conseguirmos eliminar tamanho absurdo, poderíamos enfim viver orgulhosos e felizes, pois teríamos, enfim, conseguido o maior feito alguma vez realizado pelo ser humano.
Se acabássemos com a miséria que tantas vezes me choca e humilha, daríamos um passo decisivo na caminhada para uma Paz sustentada e duradoura. Seriam depois necessários outros passos – mas disso as gerações vindouras se responsabilizariam, incentivadas pela nossa acção – até que um novo paradigma humano que impediria de uma vez por todas os desvarios presentes e os hediondos actos que infelizmente já se vislumbram, florescesse e iluminasse novos caminhos e entendimentos.
 Mas de momento, infelizmente, de novo os tambores de guerra já rufam e, desta vez, anunciam-se armas atómicas!
Sessenta e dois anos depois do holocausto de Hiroshima e Nagasaki, ouve-se falar novamente, como um dado inevitável e sem possibilidade de retrocesso, da utilização de armas atómicas, desta vez com início no Médio Oriente...e fim no...
É contra esse crescente rufar ensurdecedor de tambores enfurecidos que a nossa Muralha (todos nós) se deve erguer e gritar um rotundo NÃO!
Enquanto médico humanista, pai, filho e irmão de todos os seres humanos da nossa Humanidade, peço que estejamos atentos por forma a, no momento oportuno, lançarmos em comum um grito global que imobilize os arautos da guerra espúria que desde já se preparam.
Não pudemos e não soubemos ser escutados de forma a impedir a absurda e criminosa guerra contra o povo iraquiano. Não nos é permitido voltar a falhar.  As crianças de todo o mundo e as gerações vindouras não nos perdoariam. Desta vez, a nossa Muralha, a nossa Fortaleza tem que conseguir travar os dois genocídios já em curso – o da fome e o da dívida (duas armas de destruição massiva, como justamente as apelida Jean Ziegler) -, mas também o genocídio que resultaria obrigatoriamente de uma deriva militar atómica. Se não o fizermos, não só destruiremos as nossas vidas, mas hipotecaremos, de forma duradoura, o futuro da nossa Terra.
Tirando esses combates tremendos, evitar um conflito atómico com contornos indefinidos e incontornáveis e pugnar pelo fim dos dois genocídios silenciosos já referidos, há ainda outras batalhas muito prementes e essenciais a travar pela nossa Fortaleza Cidadã, Cívica e Humanista.  O fim da corrida às armas, o fim dos governos corruptos e ditatoriais, a implementação de um comércio mais justo, a elaboração e aplicação de regras mais éticas, equitativas e equilibradas por parte do Fundo Monetário Internacional, do banco Mundial, da Organização Mundial do Comércio e do G8..., o reforço da educação e da saúde no mundo, a gestão equilibrada dos recursos do Planeta e o fim da sua mortífera poluição, o fim da exploração sexual infantil e da antiga e nova escravatura , o fim do comércio sujo das pedras preciosas, o respeito dos Direitos Humanos, o reforço da acção, independência e transparência das Nações Unidas e de todas as suas agências, a construção de uma União Europeia mais aberta e transparente e com dirigentes credíveis, de preferência, e preocupados em escutar os seus cidadãos...
Como vêem, meus Amigos, as tarefas e os desafios – e fiquei longe da enumeração exaustiva – são hercúleos, ciclópicos! A Humanidade não precisa e não suporta mais nenhum desvario como aquele que insistentemente ouço, nos últimos tempos: um conflito atómico! Como se se tratasse apenas de comer um gelado ou beber um whisky e, seguidamente, virássemos simplesmente uma página, mais uma, do livro "danos colaterais", aberto por alguns inconscientes e incompetentes globais.

Importa encerrar este livro de cinismo e de ignomínia quanto antes. A Fortaleza, a Muralha constituída por nós Cidadãos Globais informados, atentos, humanistas e interventivos pode consegui-lo. Tal será muito mais fácil e evidente se a nossa Fortaleza Global estiver alicerçada em Governos democráticos, éticos e responsáveis e em forças do Mercado Cidadãs e Solidárias. É isso que temos que conseguir. É por esse fim que temos que pugnar! É esse, penso eu, o nosso dever indeclinável de Seres Humanos Livres e Sequiosos de Paz, em prol do Mundo sustentado que sonhamos.

Não nos esqueçamos o que o sábio Pitágoras dizia: "Educai as crianças e não será preciso castigar os homens".  Invista-se, pois, na educação, informação, sensibilização para a cidadania e bom senso, a fim de evitarmos mais guerras e indizíveis sofrimentos que castigam os inocentes e os esquecidos de sempre!
Entre a denominação de "Pacifista" ou de "Utópico", quantas vezes pronunciada com superior desdém e desprezo por alguns, e o de "Assassino" (politico, económico ou ...) a quem nada perturba o sono, eu já escolhi.
E vocês, meus Amigos?

Mais: não aceito, não quero, não permito que os meus filhos, os biológicos e os do Mundo, sejam carne para canhão, numa guerra atómica ou outra qualquer, inventada e conduzida por objectivos inícuos. Este é o meu grito!

Ouçam-no, por favor, em nome de uma Humanidade que sonho e quero humanista e solidária.

 

PRESADO LEITOR
     Na 1ª e nesta 2ª edição do jornal O ESTAFETA  já lhe demos informação suficiente sobre as acções que estão programadas de natureza filantrópica, para a Promoção e Dignificação do Homem.
     Face à degradação crescente da condição humama  protagonizada pela violência, xenofobia,vingança, indiferença, morte pela fome e falta de cuidados de saúde, misantropia, crime e muito mais, são necessários gritos de alerta para se dar a volta por cima. A APPDH nunca desistirá, antes vai insistir com toda a energia que emanar das vontades, do senso estimulador e da nossa determinação.
     Para além das acções directas que empreendermos iremos forçar, no bom sentido, os responsáveis pelos destinos do mundo a terem em conta o nosso propósito filantrópico e a segui-lo, porque são eles mesmos que também estão em causa. Pode ler os nossos estatutos e regulamento interno no nosso blog.
Para tal, necessitamos da sua ajuda e solidariedade. Junte-se a nós inscrevendo-se associado. Pagará uma quota mensal de 5 euros, que não irá afectar o seu orçamento económico mas que é relevante  para o cumprimento da nossa missão.
     E se, face à sua sensibilidade de benemérito/a nos quiser presentear com um donativo, pode fazê-lo através da nossa conta bancária com o NIB 0010 0000 38994810001 50.
     Quer as quotas quer os donativos podem ser deduzidos nos impostos, mediante o recibo que emitiremos.
     Pode contactar-nos por e-mail: associacaoppdh@sapo.pt ou pelo telefone 213428300. Também pode aceder ao blog  httph://promoveredignificar.blogs.sapo.pt, onde pode encontrar notícias nossas.
     Ficamos à espera da sua adesão, imensamente reconhecidos.

 

VIVA E SAIBA VIVER

A vida é a infância de
 nossa imortalide (Goethe)

 

 Há pessoas que choram por saberem que as rosas têm espinhos; outras há que sorriem por saberem que os espinhos têm rosas.
De que vale querermos ser aquilo que não somos?
Para quê correr sem saber qual é a meta?

A vida é uma longa caminhada recheada de aventuras e desventuras. Para a vivermos temos de ser curiosos, aventureiros e até exploradores. A vida não se resume a sobreviver, cabe-nos desbravar este mistério fantástico que é a razão de viver!
A nossa passagem por este planeta não deve ser visto como mero acaso animalesco de sobrevivência. Por algum motivo somos dotados de racionalidade, e o raciocinio é uma “arma” poderosa que nos distingue dos outros seres vivos.
O que tem feito pela sua vida?
Tem passado o tempo a tentar agradar aos seus semelhantes de forma a “arrancar-lhes” um sorriso de mera contemplação? Tem fingido ser uma pessoa diferente do que realmente é para se sentir mais integrado no ambiente social que o rodeia? Tem apenas lutado por aquilo que lhe ensinaram e incutiram?
Então pergunto: -vive na vida real ou é um mero actor num cenário imposto por outros?
O que distingue um ser humano do outro é a sua personalidade, os seus objectivos e o seu papel social. Não temos de ser todos iguais, com a mesma forma de viver, com os mesmos objectivos e com as mesmas convicções. As diferenças fazem a evolução, o progresso.
Que graça tem um “quadro só com uma côr”, a beleza está na diversidade, nas várias “cores e traços”.
Não queira ser mais um entre tantos! Temos o dever de fazer com que a nossa existência e passagem por esta vida aumente a beleza deste planeta!
Não seja conformista, lute pela sua vida, estipule metas, lute por algo real em que acredita e que lhe dá prazer. Não foque a atenção apenas para o seu “umbigo”, pois isso a longo prazo não lhe trará nada de novo e belo. O belo está no conjunto, no todo!
Tente perceber qual o seu papel na sociedade e faça com que esse papel tenha a devida importância. Não desista perante os contratempos, estes são apenas obstáculos que o vão fortalecer e tornar um “lutador” mais astuto.
“Há pessoas que choram por saberem que as rosas têm espinhos; outras há que sorriem por saberem que os espinhos têm rosas. “ (Autor desconhecido)
Não passe a vida a sobreviver, viva e saiba viver, tendo em conta que isso requer uma aprendizagem constante com os nossos semelhantes e connosco mesmos.
Não queira acrescentar dias à sua vida, mas vida aos seus dias.(Harry Benjamin).
Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, e depois perdem o dinheiro para a recuperar. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro.

 

Por Ana Cabrita (Psicologa Clinica)

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PORTUGAL MODERNO

 formação do Estado Moderno decorre no século XV. O casamento (celebrado no âmbito da Aliança Luso - Inglesa, por oposição à frente França - Castela) de D. João I (1357-1433)com D. Filipa de Lencastre (1359-1415),princesa inglesa, vem enraizar novos valores de corte relacionados com a prática do casamento o que nos indica uma sensibilização para a preservação da célula familiar e de consideração e protecção da mulher. D. Filipa é uma mulher reconhecida como detentora de uma conduta exemplar enquanto esposa e enquanto mãe da grande geração de ilustres personalidades conhecida como ínclita geração onde se contemplam D. Branca de Portugal que apenas viveu entre 1388e 1389; D. Afonso de Portugal (1390-1400) falecido também com um ano; D. Duarte (1391-1438) uma figura singular da nossa história, poeta e escritor que viria ser rei de Portugal; D. Pedro (1392-1449) Duque de Coimbra falecido na Batalha de Alfarrobeira, batalha determinante para o triunfo do governo centralizador que define a modernidade em Portugal, estabelecida contra o seu tio D. Afonso V; D. Henrique (1394-1460) Duque de Viseu, heroificado pelo seu investimento humano e financeiro na Expansão Marítima e no desenvolvimento da Cartografia; D. Isabel (1397-1471) que vem a contrair matrimónio com um dos homens mais influentes na cultura do seu tempo, Filipe III Duque de Borgonha; depois nasce novamente uma criança que morre à nascença baptizada com o nome de Branca de Portugal (1398); D. João (1400-1442) Infante e Condestável de Portugal cargo criado com funções militares na ausência do Rei e por último nasce D. Fernando (1402-1433) o Infante Santo que vem a falecer em cativeiro em Fez.
O espírito de corte de D. Filipa de Lencastre imbuída de um ideal cavaleiresco vem contribuir para o desenvolvimento de um ideal, à luz do ideal inglês, também ele cavaleiresco em Portugal no século XV.
O século XV deve ser entendido como um tempo pioneiro no despertar da consciência do homem, as dificuldades não terão sido inferiores às das épocas precedentes, no entanto vislumbramos uma nova dinâmica de carisma social. Em Inglaterra começa a emergir um interesse pelos mais desprotegidos onde a força da opinião laica se faz sentir. Nos círculos culturais mais importantes como os florentinos, as questões da arte começam a relacionar-se directamente com a componente civil da humanidade. Maquiavel (1469-1527) historiador, poeta, diplomata e musico reconhecido como o fundador da Ciência Política moderna, contribui nas suas obras para a consciencialização da realidade social, criticando a criação de obras sustentadas pela ideologia de como a realidade deveria ser, Maquiavel vem defender que a população deve ser ouvida no campo político, admitia que havia um elevado índice de erro nos juízos do publico porque esses juízos eram formulados a partir do que ouviam, porém considerava mais elevado o índice de erro na formulação de juízos dos príncipes.
A concepção de que o equilíbrio cultural se manifesta na multiplicidade de registos críticos manifesta-se no século VX de forma ainda incipiente, contudo a introdução de novos valores no plano da comunicação, a consciência e a dinâmico da sua estrutura pioneira para o desenvolvimento social em articulação com o meio artístico, permite desde já uma influência mútua e uma profunda alteração dos comportamentos e mentalidades do Homem.

Por Cecília Correia - Historiadora de Arte

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No jornal número 1foram inseridos temas que continuaram no número 2 e prolongar-se-ão pelas edições seguintes. Por outro lado o número e sempre especial.
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2008 -ANO EUROPEU PARA O DIÁLOGO INTERCULTURAL
                                                 
Por Helia Alves

Licenciada em Estudos Europeus

 

Cada ser humano é unico e perspectiva o mundo à sua maneira, pelo que uma mesma realidade pode revestir-se de contornos diversos em estreita relação com a pessoa que a experimenta.
Sendo este simples facto susceptível de, porventura, causar algum atrito nas relações do Homem com o seu semelhante, há ainda a considerar factores eventualmente potenciadores de desentendimentos, tais como a língua, a etnia, a religião, a cor da pele, a cultura, enfim, tudo o que de "diferente" seja possível enumerar. E visto que habitamos num planeta irreversivelmente multiracial, multireligioso e multicultural, no qual existe uma impressionante incapacidade de conciliação de interesses, nunca será excessivo relembrar valores de tolerância e respeito mútuos entre os povos.
De facto, no que diz respeito a uma Europa sucessivamente alargada, a sensibilização para a diversidade cultural é vital, pelo que 2008 foi declarado o Ano Europeu para o Diálogo Intercultural, tendo por objectivo principal favorecer o diálogo entre todas as culturas e entre todas as pessoas que vivem na União Europeia, dotando-as de conhecimentos que propiciem um convívio multicultural harmonioso. Sob o lema "Unidos na Diversidade", o Ano Europeu para o Diálogo Intercultural visa também contribuir para promover uma participação cívica activa em questões europeias.
Um dos projectos aprovados no âmbito do Ano Europeu intitula-se " I + You – Ton monde est le mien" e vai decorrer na Bélgica, Alemanha, França, Hungria, Itália, Reino Unido e Portugal. O projecto destina-se a promover e encorajar o diálogo intercultural e possui uma dimensão educacional muito forte, uma vez que envolve directamente várias escolas primárias de diferentes países e conta com o trabalho interactivo de contadores de histórias, artistas visuais e músicos.

O Ano Europeu do Diálogo Intercultural pretende deveras incentivar todos os cidadãos europeus a aproveitarem as oportunidades que permitam um melhor conhecimento das diferentes tradições culturais.

Em termos intemporais, o diálogo intercultural que se declara para 2008 irá ter fortes e promissoras repercussões no futuro e por tempo inderterminado. Assim, nunca é demais projectarem-se os programas de hoje com a devida estrutura para o longo prazo.

 

 

Beleza e Estética

Pela Medicina Natural

Tanto as mulheres como os homens procuram , cada vez mais, melhorar a sua presença e apresentação não apenas na forma de vestir, mas também pelos cuidados com o corpo.. Se esta tendência já é levada pelo homem até aos animais, as pessoas têm de acentuar os cuidados consigo próprias. Quando temos animais em casa procuramos cuidar-lhes da pele e do pelo quer seja do cão, ou do gato. Também do cavalo, um animal muito nobre em obediência e trabalho.
     Isto acontece porque estes animais vivem connosco e a sua má imagem degrada a nossa imagem perante os olhares alheios. Por outro lado, quando os animais estão bem apresentados não só chamam positivamente as atenções alheias como são realçados os cuidados operados pelos donos.
     Posto isto, as pessoas, como animais superiores e civilizados, têm de cuidar da sua imagem  fisiológica e do factor estético. Para tal controlam o peso e preservam a saúde. Doenças gastrintestinais, bem como miomas, quistos e tumores podem originar manchas no corpo, em especial na face. Daí a necessidade de se tratar o organismo combatendo as causas: velar por uma boa circulação sanguínea, evitar o stress e manter o sistema nervoso em boa forma, como mola real do organismo que é. Condição essencial para nos apresentarmos em público mais bem dispostos e alegres.
     Para além de se levarem a sério os conselhos do terapêuta devemos adquirir conhecimentos básicos para  seguirmos cuidados de auto-suficiência. Nesta ordem de ideias, aqui deixamos algumas recomendações.
  Tomar alguns bons depurativos para a purificação do organismo; manter os intestinos em regular funcionamento; fazer uma alimentação biológica com forte participação de frutas e vegetais; usar vasodilatadores  como o alho, castanha da Índia, hamamélis, gingobiloba, entre outros. Para estados tumorais os depurativos dão preciosa ajuda. Também o própolis é de assinalável importância.
     É também importante o uso de antioxidantes, como o óleo de onagra, vitaminas A, E e C, germem de trigo, selénium, ginseng, oleo de germem de trigo e óleos de peixe, especialmente os de salmão e de figado de bacalhau.

     Depois desta alusão à prevenção e tratamento das causas, vamos ao factor estético.
    
    Quem não gosta de apresentar distinta beleza e boa condição estética? Estes desígnios fazem parte da nossa condição,  recomendáveis, sem exageros de maquilagem, quer em senhoras, quer em homens.
     Não esquecemos, mais uma vez, o quanto é importante o tratamento interno. O mau funcionamento gastrintestinal, renal e os problemas artriticos provocam inchação, pontos negros e manchas externamente. Não obstante a importância que se lhe atribui, o que se usa externamente tem de ser entendido como auxiliar.
      Assim, temos como preponderantes em uso externo - loções, leites  e cremos cuja incorporação de aloé vera, argila, pepino, camomila, placenta vegetal, hamaméllis, própoles, cologénio marinho, óleos de amendoas doces  e de germem de trigo, geleia real, são ingredientes básicos. Há outros, escolha em função dos casos e dos objectivos. Nas casas especializadas, em especial de produtos naturais, encontra variedades com a indicação dos  efeitos: peles secas, oleosas, rugas, contorno dos olhos, etc.
   
    Ainda quanto à estética, depois de cuidar do interior e exterior, procure ter uma postura alegre, caminhar de forma erecta (barriga para dentro e peito para fora), com a cabeça levantada. Use roupas que, mesmo sendo simples, se ajustem ao seu corpo e não demasiado inovadoras  nem de todo convencionais.
     Se bem que tradicionalmente sejam as senhoras a sentirem a necessidade de cuidarem do rosto e pele em geral, também o homem deve usar algo para retardar o envelhecimento do rosto e da pele. Principalmente depois de cortar a barba, deve usar um creme hidratante e cicatrizante.
     O excesso de calor, bem como o frio intenso, podem degradar a pele. Por vezes aparecem gretas e erupções que podem ter tratamento com uma pomada que contenha própoles, enula, saponária, pau d'arco, argila, etc. Também o óleo de amendoas doces com glicerina medicinal é inportante.
     Sabemos que o envelhecimento é irreversível, mas podemos retardá-lo na medida do que fizermos para tal.

     Sejamos melhores em sociedade, nas formas comportamentais como na melhor apresentação fisiolóligica.

             Ricardo Molino

 

 

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EDITORIAL

Razões irrazoáveis  

 

No último editorial falei dos passos que temos a dar ao longo das caminhadas que temos pela frente. Com a edição do nº 2 de O Estafeta,  damos mais um passo rumo aos nossos objectivos e aos  actos nobres a que nos propomos.

     A Edição de um jornal exige esforço financeiro e capital humano, o mais precioso de todos. O dinheiro não nos cai do Céu, pelo que todas as ajudas monetárias serão bem vindas. Um agradecimento especial aos sócios fundadores que nos deram a sua colaboração gratuíta com excelentes artigos de fundo. A publicação do O Estafeta é um passo arrojado. Pena é que tenha transitado um pouco no escuro. Veio a público, para alguns, como um intruso desconhecido, sem importância e sem credibilidade, não obstante nos ter merecido sinceras palavras de incentivo e expressivos encómios.
           Mas entrou num espaço restrito e no escuro porque, toda a Comunicação Social – jornais, estações de rádio e de televisão -, tendo prévio conhecimento dele, nos tratou com indiferença. A razão irrazoável é evidente: não somos figuras públicas;  não temos amizades nos domínios mediáticos; não nos envolvemos em escândalos; não fazemos fofocas;  não expomos a criminalidade com pompa e circunstância; não entramos na devassa; não exploramos nem revertemos as emoções que, partindo da inocência das pessoas, entram nos truques mediáticos e alimentam o trivial e o supérfluo.

     Zangados, nós? Não estamos! Sabemos que temos de dar mais passos  no sentido de fazermos sentir o que tem mais-valia e as questões que devem mobilizar as sensibilidades. Não somos ainda badalados mas as entidades mais proeminentes já sabem da nossa existência. Recebemos de algumas votos de confiança e de estímulo, que agradecemos encarecidamente; mas necessitamos disto e muito mais. Precisamos de mais sócios e de que os já existentes  passem a palavra e arrajem outro sócio. Necessitamos de donativos, apoios monetários e tudo o mais para podermos apresentar crescente trabalho e dar força ao nosso ESTAFETA  para crescer e se tornar robusto, no mensageiro infatigável  para ir a todos os lados e transportar as notícias de sucesso em benefício do Homem.
         Não pedimos esmolas nem a pretendemos dar. Ela, a esmola, satisfaz por momentos os mendigos que, se receberem um prato de sopa pela manhã, à tarde já voltam a ter fome. Esta forma de solidariedade não nos satisfaz,  porque desejamos  a reabilitação e a conquista da dignidade em definitivo. Porque pela solidariedade vingente os necessitados são socorridos por um dia mas a situação degradante repete-se no dia seguinte, nos que se vão seguindo e as soluções ficam por alcançar. Nós pretendemos fazer obra de fundo para que ningúém se assuste ao pensar no dia de amanhã...

     Se bem que não tenhamos estatuariamente a função de socorristas, não deixaremos de ajudar dentro das possibilidades que tivermos. E o nosso/vosso ESTAFETA dará sempre conta dos actos nobres que desenvolvermos, razão pela qual ele necessita de se manter de pé indefinidamente, não só ao serviço da APPDH mas também fazendo eco das organizações que tenham a incumbência - essas sim – de prestarem assistência permanente. Iremos colaborar com essas organizações na medida do que nos for possível  e do apoio que nos solicitarem  e aceitarem, principalmenter através deste jornal.
        
       Caro leitor, você que já nos conhece minimamente, ajude-nos a vencer para juntos vencermos as debilidades, as indigências e realizar tudo o mais que consta do nosso regulalento interno, estatuário, que poderá ler no blog http://promoveredignificar.blogs.sapo.pt. Acompanhe-nos, siga-nos de perto e junte-se a nós. Ajude a rolar a nossa bola de neve para que cresça e não se desintegre pela intempérie da descrença. Também necessitamos de tempo para a nossa expressiva afirmação, mas não podemos parar nem abrandar a marcha. Porque o trabalho que nos espera não mais pode ser adiado, sob o risco de passar a haver mais pobreza, mais gente a carecer de promoção e dignificação.
     
 Para os empresários – e não só – deixamos neste número um proiminente exemplo a seguir: a filantropia de Bill Gates, que divide alguns dos seus bens pelos necessitados e que nos dá conta de não bastar ser-se o mais rico do mundo, importando sim fazer algo para que este mundo seja melhor, mais de acordo com a condição superior do ser humano.

     A APPDH não deseja somente trabalhar as situações degradantes e explanar as ocorrências que causam tristeza. O homem, no seu todo universal, necesita de ter tranquilidade, viver com alegria, confraternizar e divertir-se. No devido tempo organizaremos para os associados espectáculos, provas desportivas, acções de convívio e lazer, entre outros eventos. Daremos também algumas indicações gerais no sentido de toda a gente poder viver mais e melhor, aproveitando a vida com alegria de viver.
   
 Tanto mais que, como se pode verificar, este jornal não faz apenas eco das situações tristes, que nos envergonham e nos assustam.  Por isso temos secções temáticas de saúde e ambiente, meio artisticos e desportivos, um pouco de cultura e história, humor e lazer. Porque também queremos contar consigo bem disposto e feliz...

Por Valdemiro E. Sousa

 

 

Saúde Segurança Social e Solidariedade

O Estado vai doente

Deve ou pode o Estado abrir mão de direitos fundamentais constitucionalmente consagrados? É o texto constitucional já "letra morta"?!... Estas e outras questões têm, nos últimos tempos, beliscado de forma incómoda a inteligência individual e colectiva.

A garantia dos direitos e liberdades fundamentais e a promoção do bem-estar e da qualidade de vida do povo e da igualdade real entre os portugueses, fazem parte do elenco das tarefas fundamentais do Estado consagradas na Constituição da República Portuguesa;
Todos têm direito à segurança social, incumbindo ao Estado organizar, coordenar e subsidiar um sistema unificado e descentralizado, que permita proteger os cidadãos na doença, velhice, invalidez, viuvez e orfandade, bem como no desemprego e em todas as outras situações de falta ou diminuição de meios de subsistência ou de capacidade para o trabalho.
Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover.
O direito à protecção da saúde é realizado através de um serviço nacional de saúde universal e geral, tendencialmente gratuito, pelo que deve ter em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos.
Constituem incumbências prioritárias do Estado:
a) Garantir o acesso de todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica, aos cuidados da medicina preventiva, curativa e de reabilitação;
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura de todo o país em recursos humanos e unidades de saúde;
c) Orientar a sua acção para a socialização dos custos dos cuidados médicos e medicamentosos.

A SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO

Numa perspectiva histórica e social, a Constituição representa o conjunto de valores de uma sociedade, reflectindo o que ela quer ser em determinado momento.
Do ponto de vista político e institucional, materializa o pacto que alicerça e fundamenta o Estado, outorgando legitimidade às suas instituições.
A Constituição – enquanto norma fundamental; ou norma positiva suprema; ou conjunto de normas que regulam a criação de outras normas; ou lei nacional no seu mais elevado grau… – delimita a actuação do Estado e a produção de toda a legislação infra-constitucional.
Daí que todos os actos, sejam eles normativos infra-constitucionais ou simplesmente administrativos, não possam – ou não devam… – contrariar os seus limites e fins, formais e materiais, directos ou indirectos.

A SAÚDE TEM "PREÇO"

Terão os custos com o Serviço Nacional de Saúde crescido de forma tão insustentável que justifiquem a actual política?
É suportável o encerramento aparentemente indiscriminado de urgências e de serviços de atendimento permanente?
É tolerável o caos amiúde instalado, medido em muitas e insuportáveis horas de espera, marcado por imagens de contida dor e sofrimento?
É admissível que os nossos filhos sejam impedidos de nascer em Portugal e as nossas mães tenham de procurar Espanha para dar à luz?
É humana e tecnicamente aceitável que crianças e adultos devam partilhar o mesmo "banco de urgência" enquanto aguardam atendimento?
Qual é o limite máximo de resistência humana que o Estado deve impor aos cidadãos-utentes-doentes, quando estes pedem urgentes cuidados de saúde, e são atirados para corredores ou salas a abarrotar?
Em causa estão princípios e valores elementares de solidariedade individual e colectiva.
Devem os portugueses sacrificar direitos fundamentais em nome da necessidade de contenção de custos?
Até onde deve o Estado suportar o "preço" da Saúde?
As interrogações, muitas, exigem uma resposta.
Tanto mais quando é sabido que as despesas com a saúde aumentaram por habitante – entre 1970 e 2003 – em Portugal, 1.764 dólares; na Dinamarca, 2.368 dólares; na Alemanha, 2.726 dólares; e nos Estados Unidos, 5.288 dólares.
Continuamos, pois, um dos mais pobres entre os ricos, se tal nos serve de consolo.
É certo que a mortalidade infantil diminuiu em Portugal, no mesmo período, 51 pontos; na Dinamarca, 9,8; na Alemanha, 18,3 e nos Estados Unidos, 13 pontos;
E também é verdade que a esperança de vida à nascença, igualmente em idêntico período, aumentou em Portugal 9,8 anos; na Dinamarca, 3,9; na Alemanha, 8; e nos Estados Unidos 6,3 anos;
Tais números permitem concluir que Portugal foi um dos países onde a despesa com a saúde aumentou menos por habitante, mas também aquele que obteve maiores ganhos.
Mas continuando a invocar os números, e de acordo com a OCDE (OECD Health Data 2006), também não é menos verdade que, entre 1995 e 2004, o aumento médio das despesas de saúde em Portugal foi de 3,2 por cento ao ano, inferior à Espanha, que conseguiu 4,2 por cento; aos EUA, 4,8; à Finlândia e França, 4,4; à Grécia, 4,9; à Irlanda, 7,4; à Itália, 3,3, à Inglaterra, 5,4; e à Suécia, 3,9.
E, ainda entre os países da OCDE, Portugal apresenta uma percentagem de comparticipação do Estado na despesa total da saúde que é inferior à média. A comparticipação do Estado na despesa total de saúde para cada português cifra-se em 71,9 por cento, quando a média dos países da OCDE está situada nos 80,4 por cento.
Mas, são apenas números… que para um número elevado da população pouco importam ou nada dizem.
Haverá outros, mais brutais e chocantes, como aqueles que nos atiram vergonhosamente para a cauda da União Europeia, expressando numericamente uma triste realidade: um em cada cinco portugueses vive no limiar da pobreza.

DEVE O ESTADO ABRIR MÃO DA SAÚDE?

Até onde deve crescer o sector privado da saúde? É sanável o conflito de interesses daqueles que trabalham ao mesmo tempo para os sectores público e privado? Como é o caso de muitos médicos.
Deve ou pode o Estado abrir mão de direitos fundamentais constitucionalmente consagrados?
É o texto constitucional já "letra morta"?!...
Estas e outras questões beliscam de forma incómoda a inteligência individual e colectiva.
E tanto mais que não parece admissível nem tolerável que o povo – considerada a realidade sócio-económica do país – seja obrigado pelo Estado a pagar impostos para a saúde e para a segurança social e, simultaneamente, seja compelido a celebrar seguros de saúde e a recorrer a clínicas privadas.

                      

Por João Carlos Fonseca

 

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LUSOFONIA

Do achamento do Brasil em 1500 até ao sec. XXI

 

Aos países lusófonos, unidos pela língua e pela cooperação, cabe-lhes dar ao Mundo um Novo Mundo, onde as populações se sintam dignificadas, com bom nível de vida, em paz, promoção cultural e económica. E, pedagogicamente, assimilarem e divulgarem o projecto da APPDH.

     Neste primeiro tema alusivo à Lusofonia, vamos ocupar-nos do Brasil, afinal o maior país lusófono e também o que tem vital importância na esfera mundial, ainda que Portugal, na qualidade de Pátria-Mãe, não regateie esforços no sentido da união e do entendimento.

     Pêro Vaz de Caminha, na sua carta dirigida a D. Manuel, deu uma notÍcia com forte impacto para a posterioridade – a descoberta da Terra de Vera Cruz. "Os seus habitantes passeiam-se nus, na pureza original, sem nenhuma coisa que lhes cubra suas vergonhas". Fez menção das moças que viram, " bem gentis, com os cabelos pretos que chegam até às espáduas e as suas vergonhas altas e cerradinhas que, de muito as olharmos, não tinhamos vergonha nenhuma. Gentes mansas e pacíficas". Esta carta continua a existir, reproduzida em imensas  publicações.
    Mais de quinhentos anos depois, a carta de Pêro Vaz de Caminha, num conteúdo revelador da capacidade intelectual do minucioso escrivão, continua a ser um documento histórico relativo ao nascimento de um grande país. Pedro Alvares Cabral, comandando os restantes capitães da frota, iria completar a narrativa desse feito causador de enorme surpresa aos olhos das figuras mais destacadas do ocidente.
     D. Manuel I reinou de 1495 a 1521, numa época de franca prosperidade, chamada por muitos a "idade do ouro". Morreu a 13 de Dezembro, vítima de uma febre letágica que já havia feito muitas vítimas. Era tido como "pai da Pátria", senhor de poder absoluto e de muita sabedoria, governando o reino com sentido de justiça. Sucedeu-lhe D. João III, que dividiu os portugueses e provocou o fim da "idade do ouro".
      Mais tarde, tiradas as reais medidas, ficou a saber-se que o Brasil era uma terra gigante, com a superfície de 8.456.508 km2 de área terrestre e 55.457 de águas internas, num total de 8.511.965 km2. Na actualidade corresponde a l,7% do globo; 5,7% de terras emersas; a um quinto das regiões tropicais; a 41,5 % da América Latina e a 47,3 % da América do Sul.
       O povo índio, constituído por várias etnias (envolvidas em guerras pela posse de territórios, em especial do litoral), era o dono da terra à chegada de Pedro Álvares Cabral.
     Quinze meses depois do achamento foram contabilizados os custos desta aventura – 6 navios afundados e a morte de cerca de 600 homens entre a tripulação, que deixaram D. Manuel II desgostoso, e Pedro Álvares Cabral, não obstante o seu feito, passou a ser desautorizado e muitas vezes humilhado, vindo a cair em desgraça. Todavia, o Rei concedeu-lhe 200.000 reis. Desta forma não teve problemas económicos até ao fim da vida, vindo a falecer por volta do ano 1519.
      A soberania Portuguesa ocorreu até 1822, ano da declaração da independência por D. Pedro de Bragança.
     De 1501 a 1526 foram realizadas várias expedições de reconhecimento; de 1530/36 iniciou-se o plano de colonização com a criação de capitanias; em 1549 foi criado o governo-geral do Brasil, atribuído a Tomé de Sousa; em 1549/50 foi criada a primeira capital, São Salvador da Baía; 1560 é expulsa uma colónia francesa da região do Rio; l564, Estácio de Sá funda a cidade do Rio de Janeiro; 1583/95 ingleses atacam portos brasileiros; a partir de 1613 houve batalhas de portugueses com franceses e holandeses até por volta do ano 1654, com vitórias dos portugueses; em 1673 chegaram ao Pará os primeiros casais açoreanos para a colonização; em 1676 foi criado o primeiro bispado do Rio de Janeiro; a descoberta do ouro ocorreu em 1696; São Paulo ascende a cidade em 1711; a introdução da cultura do café ocorreu em l727.
     No prosseguimento da consolidação da presença de Portugal, em 1739 foi celebrado o primeiro contrato de exploração de diamantes; em 1750, com Marquês de Pombal ministro do reino, são definidas as fronteiras portuguesas e espanholas na América do Sul; em 1751 ocorre a emancipação dos índios; o Rio de Janeiro ascende a capital do Brasil em 1763; em 1776 a população brasileira é avaliada em 1.900.000 habitantes; em 1807 é estabelecida a corte portuguesa no Rio, na sequência das invasões napoleónicas; o Brasil é elevado a reino em 1815; a declaração da independência ocorre em 1822 e em 1823 dá-se o tratado de paz entre Portugal e o Brasil; o reconhecimento por Portugal da soberania do Estado brasileiro ocorre em 1825 e, em 1830, acontece a abdicação de D. Pedro I a favor de seu filho, D. Pedro II, então com 5 anos de idade. Até 1840, o Brasil foi administrado por diversos regentes, enquanto D. Pedro II era menor.
      Foi em Maio de 1823 que ocorreu a instalação da Assembleia Constituinte, que restringiu os poderes imperiais. D. Pedro II foi destituído em 1889 pelo Marechal Deodoro Fonseca, já ao serviço da República de Espanha e o nome de país mudou de Império do Brasil para Estados Unidos do Brasil.
A produção de café proliferou nos finais do século XIX, tornando-se numa riqueza que atraíu muitos imigrantes, em especial de Itália e Alemanha. Foi nesta fase que o desenvolvimento se estendeu ao interior
     Em 1930, Getúlio Vargas foi eleito pela Assembleia Constituinte presidente do Governo Provisório. Em 1934 o país ganha uma Constituição. Getúlio Vargas é eleito presidente e nos 3 anos seguintes foi governante constitucional. Os anos que se seguiram foram conturbados pelas disputas politico-partidárias. Vargas é forçado a renunciar em Outubro de l945, pelo poder das forças armadas. Em 1946 foi promulgada nova Constitução, mais democrática, restaurando direitos individuais. Em 1950 Getúlio voltou a ser eleito presidente pelo voto directo mas foi pressionado por uma série de eventos e em 1954 suicidou-se dentro do Palácio de Catete. João Fernandes Campos Café Filho, que era vice-presidente, substituiu Getúlio Vargas.
     Juscelino Kubischek de Oliveira foi eleito presidente, tomamdo posse em l956, iniciando um cíclo de desenvolvimento com avanços técnico-industriais e com abertura de estradas. Foi Juscelino Kubitschek que em l960 inaugurou Brasília, a nova capital do país.
     Em 1961, Jânio Quadros assumiu a presidência mas renunciou no decurso do mesmo ano, forçado pelas contradições em que se envolveu a nível político. João Goulart, que era vice-presidente, substituiu Jânios Quadros até 1964, sempre pressionado pelo poder militar, que realizou um golpe e extinguiu os partidos políticos. Em 1967, o General Arthur da Costa e Silva assumiu a presidência, mas em 1969 sofreu uma trombose e ficou incapacitado, tendo sido substituído por uma junta militar. Nesse mesmo ano foi eleito presidente o general Médice, com um perturbado percurso de agitação política, tendo havido muitas prisões. **

     Em l974 assumiu a presidência o General Ernesto Geisel, enfrentando uma forte crise económica e com a dívida externa demasiado elevada. Foi um período de grande taxa de  inflação. Todavia, foi Geisel que iniciou a abertura democrática, tendo transmitido o cargo ao General Figueiredo em 1979. Este manteve-se no cargo até 1985.
        Em Março de 1985 José Sarney assumiu interinamente a presidência, vindo no mês seguinte a ocupar o lugar em difinitivo.
Segue-se um período com agravada taxa de inflação, tendo sido lançado o "Plano Bresser", com congelamento de preços. Em Janeiro de 1988 Bresser é substituído po Maílson da Nóbrega que, em em Janeiro de l989 institui o "plano verão", com o lançamento de uma nova moeda, o cruzado. Fernando Collor de Mello foi eleito em 1989, perdurando até 1992, quando renunciou devido ao processo de "impeachment" que foi movido contra ele.
       O Brasil iniciou uma nova fase de equlíbrio com a eleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1994, tendo sido reeleito em 1998. Manteve-se no cargo até 2003, que transmitiu ao actual presidente Luis Inàcio Lula da Silva. Este foi reeleito em 2006 e matém-se no cargo, tendo pela frente muito trabalho a realizar para que o grande Brasil territorialmente, venha também a ser um grande país económica e socialmente, para o que tem de vencer enormes dificuldades neste período de recessão económica a nível mundial, cuja crise se espera seja desanuviada.
          Lula da Silva tem exercido forte acção diplomática não apenas pelo Continente Sul-Americano mas também pelos países lusófanos e outras partes do mundo, existindo a indicação de que o Brasil está a renascer para ocupar o espaço a que tem direito universalmente.
       Enquanto no passado o Brasil era destino dos emigrantes portugueses, na actualidade são os brasileiros que mais  emigram para Portugal, adquirindo permissão para demandarem outros países de U.E. Todavia as maiores indústrias portuguesas estão a investem no Brasil, ainda perante a dificuldade originada pelas franjas de pobreza e pelo clima de insegurança. Todos os países lusófunos necessitam de sair do marasmo em que se encontram, pelo que a cooperação global pode – e deve – inserir-se, com progressos a todos os níveis na globalização em curso, com Portugal a abrir as portas à U.E. e, por inerência, ao mundo. Compete ao Brasil explorar as potenciais riquezas do solo e subsolo, mobilizando o imponente capital humano de que dispõe, combater as assimetrias e a desertificação, desenvolvendo o interior para que S. Paulo e Rio não continuem a crescer demograficamente num tom assustador.
      Assimilando os ideais e o projecto da APPDH, a lusofonia, com Portugal e Brasil na linha da frente, pode dar ao mundo bons exemplos pelo trabalho incessante  que ainda está por fazer e que importa realizar a toda a força.

  

   Valdemiro E. Sousa

 

2007: Pior Ano para o Ambiente

O gelo dos polos derreterá completamente em meados deste século, de acordo com as previsoes climatericas do Office Haddley Centre. Enquanto os politicos debatiam em Bali como chegar a um acordo em relaçao às alteraçoes climatericas, cientistas do outro lado do mundo depararam-se com os piores resultados para o aquecimento global de sempre.
A reunião da American Geophysical Union em São Francisco é uma das maiores conferencias cientificas do mundo. A principal e mais alarmente conclusão desta foi que 2007 foi o ano dos piores números de sempre, com o maior degelo no Artico e nos glaciares do Kilimanjaro e o mais rapido declinio de neve na Gronelandia.
Alguns consideram que a Terra se encontra agora num ponto máximo, sem retorno, que levará a humanidade a um futuro de cheias, temperaturas altissimas e subida alarmante do nivel das aguas do mar.
Algumas das mais alarmantes mudanças ocorreram no Artico. O gelo está 23% mais reduzido do que alguma vez desde que as medições começaram, com 1.6 milhoes de kms quadrados reduzidos a agua.
As temperaturas do ar e da agua superaram as máximas previstas. D. Walsh, cientista especialista na materia, afirma termos atingido nos ultimos 4 ou 5 anos numeros record, com tendencia a piorar.
Muitas cientistas acreditam que o Artico está pois num ponto limite, que nao poderá ser evitado a menos que se lute por diminuir as elevadas temperaturas verificadas nos ultimos anos.
É dever de todos lutar pelo ambiente de forma a regredir ao maximo esta situação.
Não obstante os dados fornecidos na reuniao de São Francisco, os Estados Unidos da América continuam a ser uma das potências mais poluidoras, quando deviam situar-se na linha de frente da minoração detes atentados à natureza e à sobrevivencia humana.
O máximo que se possa fazer para inverter a degradação do ambiente é sempre pouco em função da premência que existe em se promoverem soluções, porque a melhoria do homem deve contar com a insistente preservação da natureza.

 

O LIvro Biblia do Futuro

Com a Associação Portuguesa para a Promoção e Dignificação do Homem em actividade, muitas pessoas passaram a sentir interesse em lerem o lívro que lhe serve de ideário. Quem desejar adquiri-lo poderá dirigir-se à APPDH e levantá-lo, ou encomendá-lo por e-mail, por via postal ou pelo telefone e recebê-lo em casa. Trata-se de uma oferta do autor, a quem presentear a Associação com um donativo igual ou superior a 16 euros. Tem 278 páginas. Não é um livro religioso nem professa tendências religiosas.

Também não procura demover quem quer que seja das suas convicções qualquer que seja a sua natureza, nem exercer nenhum tipo de instrumentalização. Tanto as quotas como os donativos podem ser deduzidos nos impostos.
Podem utilizar o e-mail:
associacaoppdh@sapo.pt
 ou  telefone: 213428300

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Astronautas da Antiguidade

 

 Existem várias publicações que sustentam fortes possibilidades de terem existido

 astronautas em épocas muito remotas. Trata-se de conjecturas que deixamos à análise e ao ajuizar dos leitores, sem comentários que levem à crença ou à descrença.

    Confrontado com o que poderia ser estranha essa tecnologia industrial (foguetões banais, sistemas de sobrevivência rudimentares) ser muito primitiva, e que a tecnologia dos extraterrestres que terão vindo até nós poder ter sido muito mais sofisticada, disse Avinsky:
 - Muitos sábios com quem tenho discutido este problema do contacto dizem que essas pinturas e figuras são, de facto, muito estranhas, que de uma maneira geral imitam foguetões e engenhos espaciais, mas que não seria possível ir longe com tais coisas. E chegam à conclusão absolutamente ilógica de que os extraterrestres nada têm a ver com o assunto. Porque dizem eles isso? Possivelmente acham-se influenciados pela ideia tradicional de que somos os únicos habitantes do sistema solar. Contudo, não está ainda provado que não existam bases implantadas pelos extraterrestres no sistema solar. A este respeito, a descoberta de redes artificiais de canais dissecados no planeta Marte não deixa de ter interesse. Outra conclusão seria mais lógica. Os extraterrestres que possuíam esse género de tecnologia dispunham de recursos energéticos muito limitados, de pequeno raio de acção, e o seu habitat não ia além do sistema solar.
 -   Então, que forma tomou o contacto dos extraterrestres com a Terra?
 -   O estudo da cronologia dos testemunhos indica que o paleocontacto foi um facto real que se repetiu diversas vezes num período de vinte mil a trinta mil anos.
    Nova questão:
 -   Não será estranho que, tendo os extraterrestres contactado-nos temporariamente durante um período  de vinte mil a trinta mil anos, não o tenham feito desde há vários milénios?
 -  A situação é singular. Tenho encarado o problema do paleocontacto, somos confrontados com o problema do não-contacto moderno. É o termo geralmente aceite. Este problema do não-contacto é sobretudo estudado pelo escritor científico francês Aimé Michel. Ele considera evidente que os extraterrestres se acham presentes no nosso mundo, mas que evitam o contacto. Poder-se-ía dizer que este jogo das escondidas é absurdo... É certo, mas apenas do ponto de vista dos humanos. Os extraterrestres não têm uma lógica comum. As suas motivações situam-se além da inteligência humana. Os seres inteligentes do sistema "X" podem ser criaturas como nós, mas num estádio superior de psicoevolução e com uma organização psíquica completamente diferente, não apenas quanto à natureza. Para Aimé Michel, se uma inteligência atingiu esse estádio, os voos serão executados por bio-robots cujo programa não supõe o contacto. Não se pode tomar a sério o receio de que a descoberta de vestígios dos extraterrestres no nosso planeta apagará a história da civilização. Pelo contrário, tal descoberta aumentará a nossa compreensão do passado e do futuro e estimulará o progresso social, científico e tecnológico. O que realmente importa são os Homens, não os estranhos.
    Prosseguindo:
    Na verdade, muita gente recua perante o que qualifica de louca especulação. Alguns recusam-se mesmo a discutir. Outros, pelo contrário, lançam-se perdidamente num entusiasmo por vezes delirante.
    Ponhamos um pouco de ordem nas ideias. Quer queiramos quer não, a história mostra que povos primitivos adquiriram inexplicavelmente uma repentina e espantosa cultura. As civilizações de Sumer e do Egipto, prósperas, bem organizadas, de uma extraordinária riqueza (escrita, arquitectura, artes, ofícios), parecem ter surgido de parte nenhuma, três mil e quatrocentos mil anos antes da nossa era. Isto não significa que não tenham existido outras anteriormente. Sabemos que é assim, mas não encontramos rastos. Quanto mais recuamos no passado longínquo mais tudo se nos torna estranho, mais nos encontramos em face dos mistérios, e os enigmas avolumam-se de tal maneira que já não podemos dizer nada de certo.
    Há setenta anos, ninguém ou quase ninguém se dispunha a aceitar que pudessem existir inúmeras civilizações extraterrestres mais avançadas do que a nossa e cuja tecnologia lhes permitia viajar por entre os astros. Hoje, a atitude de espírito que pretendesse que o homem fosse o único ser inteligênte num universo de dimemsões incomensuráveis e de possibilidades infinitas seria francamente inaceitável. Chegou o tempo de admitir a existência de outras formas de vida inteligente no espaço.
   Qualquer especulação neste sentido conduz inevitavelmente à possibilidade de que um contacto tenha já sido efectuado por seres com uma civilização altamente desenvolvida e vindos das estrelas, com a forma de vida e os sinais de inteligência existentes no nosso planeta, ou seja, a espécie humana.
    Se um tal contacto pode ter acontecido e dele é possível encontrar vestígios nas nossas mais antigas civilizações, então estas afiguram-se mais estranhas do que se pensa. A hipótese de uma intervenção  extraterrestre suscitou interesse crescento nos últimos anos. Não apenas nos autores de ficção científica, mas sobretudo entra os sábios e investigadores que consideram que o problema bem poderia tornar-se uma tarefa urgente para a ciência mundial.
    -  Recolhemos e reunimos neste livro dos antigos astronautas as opiniões de duas dezenas de cientistas de todos os sectores, tanto do Ocidente como do Leste, do Norte como do Sul. Como nas descobertas precedentes, Le livre de l'inexplicable e Le Livre du Mistère, esforçámo-nos por apresentá-las com um certo método, simples e claro.
    A teoria:
   -  Uma abundante literatura existe já sobre o assunto, mas o escritor suíço Erich von Daniken é o chefe de fila daquilo a que hoje se chama a astro-arqueologia. A sua tese é simples. Extraterrestres (os antigos astronautas) vieram à Terra, há alguns milénios. Foram observados por populações dessa época longínqua, que deles fizeram os deuses de todas as suas religiões. Os elementos de informação em favor desta teoria não deixam de acumular-se. E o fantástico êxito das obras de Erich von Daniken mostra que esta tese toca de perto as forças profundas do inconsciente colectivo.
    Objecções:
   - Os nossos visistantes (os antigos astronautas) teriam vindo das estrelas. No ponto em que nos encontramos, a perspectiva da viagem interstelar oferece-se com uma probabilidade ainda muito longínqua. Isso devido às distâncias enormes e ao tempo necessário para as percorrer. Mesmo à velocidade da luz. É este o ponto de vista oficial: eles não vieram porque eles não podiam vir. Esta atitude é falsa e injustificada. Segundo Einstein, a relatividade tem, simultaneamente, proibido e tornado possível a viagem interstelar. E tal paradoxo é apenas aparente. Por outro lado, Einstein, Rosen e Planky anunciaram, a partir de 1937, a possibilidade de encurtamentos no espaço. A descoberta, ainda recente, dos "buracos pretos", parece mostrar que esses encurtamentos existem.
  

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COMBUSTIVEIS ALTERNATIVOS

A NECESSIDADE DE SAIR DO CIRCULO VICIOSO
A sector automóvel é o que mais consome os derivados do petróleo; e tendo em conta as alternativas que avidamente se procuram para reduzir de forma drástica a dependência destes combustiveis, é imperioso que os veículos passem a usar outras fontes de alimentação: Biodiesel, gás, álcool (etanol), electrecidade, etc...
Existem automobilistas interessados em adquirirem viaturas que correspondam aos gritos de alerta que se apregoam, o que não podem fazer, se não existiremdisponiveis no mercado essas viaturas e as correspondentes fontes de alimentação. Cabe ao Estado e às empresas especializadas darem a devida resposta.
Quanto ao biodiesel, os postos de venda já estam a utiliza-lo para as generalidade dos automoveis, mas a sua participação é ixigua (5%) em relação às pretensões em equação.
Ao saber-se de tão baixa participação dos alternativos nos transportes de locomoção, fica também provado o circulo vicioso em que nos movemos:  não existem mais viaturas destinadas ao uso de alternativos por não haver a necessária oferta;
e não temos mais combustiveis alternativos disponiveis por não haver automoveis consumidores. Trata-se de um ciclo que tem de ser afastado simultaneamente, na oferta como na procura.
Para uma melhor informação aos nossos leitores consultamos as duas principais empresas do nosso mercado, noeadamente a Galp Energia e a BP
 
  A  Galp energia forneceu-nos, popr e- mail, a seguinte informação:

 

O que se entende por biodiesel?
O que existe actualmente em Portugal é biodiesel de primeira geração. Após produção, os biocombustíveis são transportados até aos nossos centros de distribuição e aí são adicionados ao gasóleo por nós produzido, sendo posteriormente distribuídos para os nossos postos de abastecimento.
A Galp Energia está a investir na produção de biocombustível de segunda geração que não tem restrições de utilização, permitindo assim taxas de incorporação superiores aos 5% em volume de biocombustíveis de 1ª geração (bioetanol e biodiesel de 1ª geração), que actualmente é permitido nos combustíveis rodoviários de uso generalizado (gasóleo e gasolina 95). Desta forma, será possível em Portugal ter uma percentagem de incorporação de 10% no total dos combustíveis rodoviários, devendo a percentagem de incorporação no Diesel compensar a da Gasolina, de forma a não prejudicar a performance e eficiência dos motores, ao contrário do que aconteceria se utilizássemos apenas o biocombustível de 1ª geração.

Há reais vantagens ambientais na sua utilização?
As vantagens da incorporação de biodiesel de segunda geração no gasóleo traduzem-se não só nas menores emissões de partículas, de CO2, NOx e de enxofre, como também no facto deste combustível apresentar um poder calorífero ligeiramente superior ao do Diesel, com um elevado número de cetano, o que permite um melhor rendimento dos motores, o que já não é verdade para o caso do biodiesel de 1ª geração, que regista uma pior performance quando comparado com o Diesel Mineral.

Quantos postos de venda da Galp têm bombas de biodiesel no nosso país?
Todos os postos Galp têm condições para comercializar biodiesel. O biodiesel não necessita de bombas dedicadas. Não há diferenças na comercialização do biodiesel, em relação aos restantes combustíveis já comercializados.

 

Elementos fornecidos  pela BP, na pessoa do Eng.António Marques Mira.


Para os mais leigos, o que se entende por biodiesel?
Biodiesel é um combustível líquido, produzido a partir da biomassa vegetal ou animal (de óleos vegetais ou animais) com características semelhantes ao "diesel"  gasóleo para motores de compressão

Há reais vantagens ambientais na sua utilização?
Há vantagens ambientais. As principais estão associadas à redução de emissões de gases com efeito de estufa (no caso o CO2) e também ao nível da redução da emissão de gases de escape (CO e partículas de hidrocarbonetos).
A dimensão do impacto da redução de emissões de CO2, é questionável, dependendo entre outros factores da utilização da matéria prima, das boas práticas agrícola e da logística associada. Prevê-se que as futuras gerações de tecnologias sejam mais eficientes na redução das emissões de CO2.

Quem produz o biodiesel em Portugal?
O biodiesel em Portugal é produzido por 2 grupos distintos de produtores: pequenos produtores e dedicados e os produtores e importadores de biocombustíveis:
os pequenos produtores são definidos, pela legislação, como tendo uma produção máxima anual de 3000 t de biocombustíveis e colocam toda a sua produção em frotas e consumidores cativos.
Os produtores e importadores ficam obrigados a entregar todos os biodiesel a entrepostos fiscais de produtos petrolíferos e os benefícios fiscais são atribuídos até ao máximo de 100.000 tons anuais.
Os principais produtores são a Iberol, a Torrejana, a Prio Biocombustíveis, e a Biovegetale a Sovena/Tagol.

Sendo Portugal um país extremamente dependente dos combustíveis derivados de petroleo, de que forma será feita a transição para o biodiesel?
Não haverá uma transição genérica, pois não há recursos naturais que sustentem uma transição completa. Há é uma incorporação de biodiesel no diesel convencional (derivado do petróleo) que neste momento tem um plano de incorporação a nível europeu de 10% até 2020. O Estado Português pretende antecipar o valor dessa incorporação no ano 2010.
De qualquer modo, em Portugal, o objectivo para 2008 é a incorporação de 5% de biodiesel no diesel convencional em todo os motores do transporte rodoviário.

Quantos postos de venda da BP têm bombas de biodiesel no nosso país?
Como já foi dito anteriormente, a BP disponibiliza nas suas bombas biodiesel até 5% de incorporação no diesel rodoviário.
Deve-se esclarecer que as normas europeias relativas à qualidade dos combustíveis não permitem vender diesel com teor de biodiesel superior a 5%, para os motores a diesel convencionais. 
A BP, nem nenhuma outra operadora petrolífera disponibiliza biodiesel a 100%, nas suas bombas.

As gasolineiras perdem margem de lucro na transição para os combustíveis alternativos?
Há custos logísticos adicionais, pois incorpora-se mais um componente na cadeia logística de abastecimento. Há também precauções adicionais na preservação da qualidade do produto que se disponibiliza ao consumidor.
O biocombustível é mais caro que o diesel convencional.
É essa a razão pela qual o Estado concede incentivos fiscais para a sua utilização. Como balanço final e até ao momento há um equilíbrio entre os custos adicionais e os incentivos pagos pelo governo.

Comparativamente aos preços dos actuais combustíveis será vantajoso vir,no futuro, utilizar-se biodiesel?
O biodiesel produzido pelas actuais tecnologias é mais caro, em Portugal e na Europa, que os combustíveis convencionais e só podem ser competitivo com os incentivos fiscais concedidos pelo governo.
O custo do biodiesel fornecido em Portugal é mais caro cerca de 25 cêntimos por litro.

OS SENTIMENTOS TÊM DE SER VOLUNTÁRIOS E INTUITIVOS

Cientistas da Claremonte Graduate University chegaram à conclusão de que a hormona ocitocina, produzida no cérebro, influencia a generosidade, podendo ser produzida sinteticamente e administrada às pessoas dela necessitadas, tendo sido testada com sucesso.

Também foi comprovado que a ociticina estimula as contracções uterinas nas parturientes e que favorece a produção de leite durante a amamentação. Facilmente se conclui que esta hormona deve ser administrada em casos específicos, nomeadamente às pessoas afectadas emocionalmente e hostis aos familiares próximos e a quantos fazem parte do seu relacionamento, quer no trabalho quer nas relações de ordem social. Mas algumas dessas pessoas vão ser atingidas por outros efeitos que podem ser perniciosos, como o aumento de contracções e da produção de leite nas mulheres que não estão grávidas e também não estã a amamentar. Provavelmente haverá outras repercussões que influenciarão o comportamento hormonal noutras áreas, embora se possa considerar que essas influências não vão produzir efeitos desestabilizantes.

Em concreto, esta hormona deve funcionar como terapia em casos pontuais. Os sentimentos de afectividade devem provir das acções formativas e da cultura que se vai desenvolvendo à nossa volta. Existem indivíduos que, dado o meio perverso em que vivem e que os instrui negativamente, não olham para as outras pessoas com a devida elegância e respeito. Esses necessitarão da ocitocina, mas também de aprenderem algo de filantrópico e da generosidade que possa incentivar os sentimentos de afectividade.

Para que os sentimentos humanos sejam objecto de um contágio enobrecedor, é fundamental o relacionamento interdependente e intersocial. Sim, porque os comportamentos alheios e os bons exemplos resultam na melhor escola de fazer aprender e a educar.

Perante esta análise de O Estafeta, o mais fundamental para se melhorarem os sentimentos de afectividade e as formas comportamentais reside na cultura da sensibilização: alertar-se para as escaladas  de violência e de atentados à dignidade humana; para a xenofobia; para as desgraças que ocorrem à nossa volta e no mundo; ter em conta os que morrem de fome e pelas doenças; os malefícios organizados; a condição superior em crescente degradação. E, passo-a-passo, a sociedade será mais solidária no que respeita a uma vivência que possamos enaltecer.

 

Sociedade da Grécia Antiga

       A economia dos gregos baseava-se no cultivo de oliveiras, trigo e vinhedos. O artesanato grego, com destaque para a cerâmica, teve grande  aceitação no Mar Mediterrâneo. As ânforas gregas transportavam vinhos, azeites e perfumes para os quatro cantos da península. Com o comércio marítimo os gregos alcançaram grande desenvolvimento, chegando até mesmo a cunhar moedas de metal. Os escravos, devedores ou prisioneiros de guerras foram utilizados como mão-de-obra na Grécia. Cada cidade-estado tinham a sua própria forma político-administrativa, organização social e deuses protectores.

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Ladrão Comedido

    Um assaltante norte-americano recusou uma nota de 10 dólares (cerca de 7,25 euros) da sua vítima, mandando-a trocar numa pizzaria, porque disse necessitar apenas de 4 dólares (2,90 euros). As autoridades de Nova Iorque acabaram por detê-lo. Segundo o capitão Joseph DeCarlo, da polícia nova-iorquina, tudo começou quando um jovem de 18 anos saiu de uma loja com uma rosa artificial na mão. Nessa altura, foi abordado pelo suspeito, que, de acordo com a polícia, lhe terá pedido inicialmente para ficar com a flor. Perante a recusa, o homem terá exibido uma arma branca e exigido da sua vítima tanto a rosa como dinheiro. Nessa altura, o rapaz tentou entregar-lhe uma nota de 10 dólares, que foi recusada. O suspeito ter-lhe-á dito que só necessitava de 4 dólares e mandou-o trocar a nota numa pizzaria. O jovem voltou com o dinheiro e o suspeito colocou-se em fuga. Contudo, a polícia foi alertada do assalto e acabou por deter o homem a alguns quarteirões do local do crime. A polícia referiu-se a este como um caso insólito, mas que não deixa de ser um assalto, não adiantando as razões pelas quais o homem de 48 anos pretendia apenas 4 dólares.

Ladrões com a boca doce
de, no centro do Reino Unido, acreditam ter conseguido reduzir a criminalidade na região ao distribuir doces à saída dos bares.
Segundo a polícia, pesquisas sugerem que as pessoas que saem dos bares e das discotecas após terem bebido uma grande quantidade de álcool ficam frequentemente agressivas devido ao baixo nível de açúcar no sangue.
Os chupa-chupas, distribuídos pelas autoridades locais da cidade de Aylesbury Vale, ajudam a aumentar os níveis de açúcar no sangue.
Um dos polícias afirma que para além de aumentar o açúcar, a distribuição dos chupa-chupas deixa as pessoas mais alegres, além de impedir discussões e gritos, por terem a boca cheia de guloseimas.
A polícia da região acredita que as outras medidas, não-convencionais, tomadas recentemente, como a instalação de câmaras de vídeo nos capacetes dos polícias, pode ter ajudado a reduzir a criminalidade na cidade.

 

O maravilhoso mundo das borboletas

O niverso das borboletas é tão belo e fascinante, havendo pessoas que são capazes de dar volta ao mundo para reunirem o maior número possível. São coleccionadores, à procura de algumas das 150.000 espécies conhecidas.
 Por vezes damos por nós a pensar na perfeita e complicadíssima máquina que somos enquanto animais inteligentes.

 O fenómeno borboletas leva-nos também a pensar como uma larva que, nesses estados pode parecer horrorosa, se transforma na beleza colorída e diversificada que a gostávamos de ter na gola do casaco por tempo indeterminado.
 
   A metamorfose é espectacular neste grupo de insectos, com mudanças radicais. Do ovo nasce uma larva. Passados dias e durante a sua evolutiva metamorfose, nascem finalmente as asas e aí temos o insecto voador, belo e admirável. Num só organismo acontecem duas fases distintas, morfológicas.

     Tal como nos humanos, as hormonas estão no centro dos segredos, de toda a espectacular transformação. É já no estado de borboleta completa que se dá o acasalamento, e daí emergem novas larvas e novas borboletas. É na Primavera que mais são vistas, mas elas desenvolvem processos para se adaptarem às intempéries e velam pela sua sobrevivência. Em condições climatéricas desfavoráveis, as lagartas hibernam e só voltam ao seu desenvolvimento e à sua actividade no momento próprio.

    As ciências naturais satisfazem a curiosidade do homem. Mas pela ciência investigativa ficamos a saber também que, tal como acontece com outros insectos – como as abelhas – , elas são dizimadas, ainda que em parte, pelos produtos químicos, em especial os insecticídas. E também vão sendo destruidos alguns dos seus habitats, em especial

os prados florídos. Por outro lado, enquanto lagartas, passam todo o tempo a comer e a destruir a folhagem de hortículas e de árvores, ao ponto de as despirem. completamente. Aí o homem defende a sua propriedade utilizando venenos para quase todos os insectos. Tal como se plantavam pomares de Amoreiras para alimentarem o bicho-da-seda, também se deviam implantar áreas de cultivo com espécies de que as borboletas gostam. A diferença reside no facto de, enquanto o bicho da seda é obreiro produzindo o famoso tecido, as borboletas apenas nos proporcionam a sua beleza.

    Todavia ainda existem refúgios, em especial nos jardins. Pela cultura biológica as borboletas poderão sobreviver e reproduzirem-se em maior número, tanto mais que elas consomem algumas plantas infestantes, como as urtigas. Cremos que em Portugal não existem estas espécies, mas podem ser introduzidas para ajudarem o homem a combater as plantas daninhas, tal como acontece com outros insectos, que estabecem o controlo biológico. Os admiradores e defensores das borboletas deviam instruir os agricultores no sentido de introduzirem nos seus campos de cultivo espécies que sirvam de alimento às borboletas.

      Ao defender a biodiversidade, o homem concede o direiro de viver a espécies como os lobos que atacam os rebanhos, as serpentes e os escorpiões que matam muitas pessoas, os felinos que também matam pessoas e outros animais, pela necessidade de se alimentarem. Posto isto, mais razões temos para defender as exuberantres borboletas que, dado nunca nos morderem nem transmitirem doenças, nos são gratas. Tanto mais que elas estabelecem fácil convivência connosco, não necessitando de espaços reservados.

 

Camões - O Épico

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

 

Sempre a Razão vencida foi de Amor
Ao desconcerto do Mundo
Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos;
E pera mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só pera mim,
Anda o Mundo concertado.

Julga-me a gente toda por perdido
Julga-me a gente toda por perdido,
Vendo-me tão entregue a meu cuidado,
Andar sempre dos homens apartado
E dos tratos humanos esquecido.
Mas eu, que tenho o mundo conhecido,
E quase que sobre ele ando dobrado,
Tenho por baixo, rústico, enganado
Quem não é com meu mal engrandecido.
Vá revolvendo a terra, o mar e o vento,
Busque riquezas, honras a outra gente,
Vencendo ferro, fogo, frio e calma;
Que eu só em humilde estado me contento
De trazer esculpido eternamente
Vosso fermoso gesto dentro na alma.

Ditoso seja aquele que somente

Ditoso seja aquele que somente
Se queixa de amorosas esquivanças;
Pois por elas não perde as esperanças
De poder nalgum tempo ser contente.
Ditoso seja quem, estando absente,
Não sente mais que a pena das lembranças,
Porque, inda mais que se tema de mudanças,
Menos se teme a dor quando se sente.
Ditoso seja, enfim, qualquer estado,
Onde enganos, desprezos e isenção
Trazem o coração atormentado.
Mas triste de quem se sente magoado
De erros em que não pode haver perdão,
Sem ficar na alma a mágoa do pecado.

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  BREVE HISTÓRIA SOBRE A MÚSICA

    O desenvolvimento da música ao longo da história insere-se na evolução cultural, já que ela é, também, uma parte da cultura dos povos. Tem um denominador artístico nos seus fundamentos da arte, sendo a musicologia e a teoria musical objecto de estudos por parte de historiadores e dos musicólogos que se vieram a revelar com explendor êxito.
    Em termos evolutivos, está popularmente associada à história da música erudita ocidental e frequentemente se afirma que a sua história tem origens na música da Grécia antiga, vindo a desenvolver-se através de movimentos artísticos ligados às grandes eras artísticas de tradição europeia, em que se destaca a era medieval, renascimento, barroco, clássico, até à musicologia moderna, em que países como a Itália, França, Portugal, Espanha, Inglaterra,  USA, Brasil e outros países da América Latina vieram a ocupapar destacado espaço.
    Nas suas diversificadas proporções, o destaque europeu  deixou de fazer proeminente sentido em termos ocidentais. A disciplina a ela associada passou a ter  desenvolvimento em todas as épocas e civilizações e pode considerar-se que a música se desenvolveu em todas as épocas e civilizações na envolvência de toda a humanidade e em todo o mundo, desde a pré-história.
    Valerá a pena transcrever o que Marius Schneider escreveu em 1957: " Até poucas épocas atrás o termo "história da música" significava meramente a história da música erudita europeia. Foi apenas gradualmente que o escopo da música foi estendido para incluir a fundação indispensável da música não européia e finalmente da música pré-histórica".
     Poderá dizer-se que há tantas histórias da música quanto há culturas no mundo e todas as suas vertentes têm desdobramentos e subdivisões. Pode-se assim falar da música do ocidente, mas também se poder desdobrá-la  na histórica da música erudita do ocidente, história da música popular do ocidente,  história da música do Brasil, história do samba  e assim por diante.
     Os fenómenos musicológicos expressam fortes conotações com as formas de ser, sentir e vivências do ser humano, sendo através da música e da canção que se expressam muitos dos sentimentos e da forma de estar na interdependência social, moral, política e filosófica. De tal forma que, se a música nos faltasse, ficaríamos amputados de uma boa parte das nossas formas de comunicação e da  condição superior a que pertencemos.
   Tanto mais que só os seres humanos dispõem da capacidade de evoluir musicalmente: os outros animais que cantam mantêm-se estáticos.

 

Orquestra Gulbenkian

Foi em 1962 que a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente, no início constituído apenas por doze elementos (Cordas e Baixo Contínuo), sob o nome de Orquestra de Câmara Gulbenkian. Esta formação inicial foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efectivo de 60 instrumentistas, que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências dos programas executados. Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, uma série regular de concertos, por outro lado percorre todos os anos em digressão um elevado número de localidades de Portugal, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra tem vindo a ampliar gradualmente a sua actividade, tendo até agora efectuado digressões na Europa. Tendo tocado com os mais importantes artistas do mundo musical (maestros e solistas), a Orquestra Gulbenkian gravou já dezenas de discos, de onde ressalta o destaque dado à música portuguesa. Esta sua actividade foi distinguida desde muito cedo com diversos prémios internacionais de grande prestígio.

 

Orquestra Nacional do Porto

A Orquestra Nacional do Porto (ONP) engloba um número permanente de 94 instrumentistas, o que lhe permite executar um grande repertório sinfónico. Centra a sua actividade na realização de concertos sinfónicos e acompanhamento de ópera, abrangendo um período histórico que se estende desde o Classicismo ao Século XXI. Passou a residir na Casa da Música desde a sua inauguração, em Abril de 2005, e é parte integrante da Fundação Casa da Música desde Julho de 2006.

 

CORO GULBENKIAN
Fundado em 1964, o Coro Gulbenkian conta presentemente com uma formação sinfónica de cerca de 100 cantores, actuando igualmente em grupos vocais reduzidos, conforme a natureza das obras a executar. Na música do século XX, campo em que é particularmente conhecido, tem interpretado, frequentemente em estreia absoluta, inúmeras obras contemporâneas de compositores portugueses e estrangeiros. Tem sido igualmente convidado para colaborar com as mais prestigiadas orquestras mundiais.
Para além da sua apresentação regular de concertos da Fundação, em Lisboa, e das suas digressões em Portugal, o Coro Gulbenkian actuou em numerosos países em todo o mundo, tendo também participado em alguns importantes festivais internacionais.Tem no plano discografico ao longo dos anos registado um repertório diversificado, com particular incidência na música portuguesa do século XVI ao século XX, tendo algumas destas gravações recebido prémios internacionais.

 

JOGOS OLIMPICOS
Foi em honra de Zeus que a Grécia se reunia em cada 4 anos no Peloponeso, na confluência dos rios Alfeu e Giadeo, com a cidade Olímpia a erguer-se. Foi a partir do ano 776 a.C. que cedeu o seu nome à maior competição desportiva na história da humanidade – os jogos olímpicos.
O primeiro vencedor foi foi o atleta Coroebus, que recebeu uma coroa de folhas de louro.
O seu início terá ocorrido l94 anos a.C., mantendo o seu espírito desportivo com o objectivo da disputa de desafios corajosos, até ao ano 394 d.C., quando o imperador Teodósio II ordenou a sua interrupção, parecendo então condenada ao desaparecimento, a se transformar apenas num acto histórico. Interrupção que durou quase 1500 anos. Foi o idealista francês Barão Pierre de Cobertin, com a sua intervenção (1492 que impulsionou a retoma.

 

OTTO GLORIA

 Otto Glória nasceu no Rio de Janeiro em 19l7. Jogou no Vasco da Gama e Botafogo.  Estudou ciências e direito, sendo pessoa de cultura, que estendeu ao futebol na qualidade de treinador. Antes de chegar a Portugal em 1954 já tinha sido treinador de sucesso no Vasco da Gama e o América.

 Foi dos treinadores mais importantes em Portugal, passando pelo Benfica, FC do Porto e Sporting. Na Europa também treinou o Marselha e Atlético de Madrid. Foi com ele que o Benfica evoluiu significativamente com importantes resultados nacionais e internacionais, tendo tido uma crónica sua na Rádio, muito apreciado pelas pessoas do desporto.
   Quando era seleccionador naqcional Manuel da Luz Afonso, ele foi o treinador de campo e levou, em 1966, os Magriços  à conquista do 3º lugar no mundial de Inglaterra. Foram-lhe reconhecidos méritos no seu trato humano, a par de disciplinado e disciplinador, competente e aplicado. Regressado à América do Sul, esteve no México e mais tarde na Nigéria.
     Em 1983 assumiu o cargo de trinador nacional, tendo mais tarde sido substituído pelo ajunto Fernando Cabrita.
     O futebol português ficou a dever muito a este homem que  vai continuar a ser relembrado pelas altas figuras do desporto português: dirigentes, atletas, outros treinadores e adeptos em geral.

 

EUSÉBIO – O PANTERA NEGRA

Eusébio da Silva Ferreira nasceu em Lourenço Marques (actual Maputo). Depois de jogar em Moçambique  no Sporting de Lourenço Marques, filial do clube leonino de Lisboa.
Com 18 anos de idade transferiu-se para o Benfica em 1960.
-Disputado pelo Sporting numa acesa luta pela sua contratação. Era na altura trinador Bella Gutman, que insistiu com os dirigentes encarnados para "não deixarem fugir o menino", quando ainda mal se sabia que iria estar ali um dos maiores jogadores do mundo.
  Logo na primeira época ajudou o Benfica a conquistar a segunda taça dos campeões europeus. No jogo da final venceu o Real Madrid e Eusébio marcou 2 golos. A partir daqui a fama internacional estava à vista, cujas principais características eram a velocidade e o remate fortíssimo. Foi muito pretendido pelos maiores clubes da Europa, mas o governo português impediu a sua saída com o seu envio para a tropa, tendo-o como tesouro nacional.

No Mundial de 1966 em Inglaterra acentuou-se a sua condição de estrela mundial. Marcou 9 golos, sendo o melhor marcador do mundial e ajudou a equipa portuguesa a conquistar o 3º lugar. Portugal só perdeu com a a equipa da casa – a Inglaterra. Esta derrota foi tida como grande injustiça e o encontro ficou marcado pelo jogo das lágrimas. Neste campeonato, a equipa portuguesa afastou o favorito e credenciado Brasil de Pelé.
 Na fase final da sua carreira, Eusébio veio ainda a jogar no Beira Mar e em duas equipas norte-americanas. Actualmente é figura de destaque no clube da Luz, acompanhando ainda a Selecção Nacional nas suas deslocações ao estrangeiro.
    Foi 1 ver campeão europeu e 3 vezes finalista nesta prova. Ganhou 11 campeonatos nacionais e 5 taças de Portugal, recebeu 7 vezes a bola de prata e 2 vezes a bota de ouro, tendo marcado ao longo da sua carreira 733 golos. Um palmarés inesquecível.

publicado por promover e dignificar às 16:56

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