PARABÉNS, PORTUGAL
A ANÁLISE DE "O ESTAFETA" REPORTA-SE AOS RESULTADOS INTEMPORAIS
Esta cimeira resultou no imensurável êxito que os mais reputados analistas e comentadores reportaram de excelente sucesso, tecendo os mais rasgados elogios à organização e aos líderes portugueses. De facto, José Socrates, na qualidadde de anfitrião, esteve excelente. Difundiu o seu charme de mestria e conduziu a Cimeira com forte espírito de coesão e entendimento. Os dirigentes com propósitos críticos e de dessen-terrarem fantasmas do passado ficaram sensibilizados. Estarão também mais voltados para horiziontes de boa-fé, como convinha e devia ser...
Fazemos nossas as palavras do cineasta Manuel de Oliveira, ao dizer que "Portugal é o país mais universalista do mundo". E, de facto, o mundo pode contar com Portugal.
E Durão Barroso? O seu trabalho na U.E. tem sido objecto merecidos encómios, porque a
Europa – e não só – tem ganho muito com o seu desempenho. Soube dizer verdades sem ferir sensibilidades, cuja postura se assemelha aos delínios da APPDH: procurar soluções para o futuro sem zurzir qustões do passado com dennúncias e acusações.
Disse Durão Barroso que a África está hoje pior que há 30 anos.
E nós completamos o seu raciocínio. A maior parte dos dirigente africanos cometeram 2 erros que constituem a constituem a causa do insucesso: correram com os europeus com credenciada competência gestiva. E investiram em cargos chaves pessoas que, só por terem sido guerrilheiros, tinham direito aos lugares. E provocaram também, pela falta de ordem pública e de condições logisticas, a saída de quadros na pessoa de cidadãos africanos com atestada competência na administração pública, que fizeram parte do êxodo. Não tiveram em conta que o capital humano é o melhor de todos.
O segundo erro foi deixarem-se influenciar por pretensões ideológicas e de conquistas, de países que nem tinham ponta de experiência da vida africana e das suas economias.
Outra verdade de Durão Barroso – e perante os menores
resultados no sector da economia -, foi convincente ao revelar que a Europa compra muito mais a África que aquilo que vende, factos que jamais alguém terá argumentos de contestação, perante a evidente realidade
E a Cimeira, conduzida com lisura , deixou os intervenientes convencidos de que doravanteé imperioso dar as mãos com espírito de entendimento, amizade e cooperação. Se alguémnão ficou imbuído deste sentimento, ainda está a tempo...
Aconteceu ainda que alguns líderes participantes dispostos a tecerem acusações moderaram a sua postura e regressaram aos seus países com ideias mais realistas, porque foram bem tratados e algo esclarecidos.
Reportamo-nos basicamente a Rubert Mugabe: supomos de que vai ser menos intrensigente em relação aos erros passados, dado que só tem a ganhar com amistosas relações diplomáticas com a Europa e com todo o mundo. Se tal acontecer veremos um Zinbabwe a recuperar algo, ainda que demore imenso.E que dizer de Muammar Kadhafy? Não obstante alguma postura mais intempestiva, acabou por se integrar satisfatoriamente, com alguma surpresa dos analistas, e firmou alguns acordos económicos muito relevantes. Cremos que jamais olhará para a Europa com o anterior sentimento de desconfiança e as suas relações com o mundo serão mais pacíficas, com repercussões para um futuro que se pretende melhor, a bem de saudáveis relações entre os povos.
O êxito de Lisboa vai repetir-se em outras cimeiras, tendo em conta os
resultados obtidos.
AS ENTREVISTAS QUE "O ESTAFETA" DESEJAVA FAZER RUBERT MUGABE :
1ª - Já concluiu, de alguma forma, que o seu país tem muito a ganhar
com relações pacíficas sem que os fantasmas do passado estejam
presentes?
2ª - Se pudesse voltar atrás, seria menos intolerante para com os
europeus que tiveram de abandonar o seu país?
3ª - Se alguns regressarem, acha que dariam valioso contributo ao
desenvolvimento do seu país?
4ª - Estará disposto a estabelecer parcerias com empresários que
possam trazer assinalávei mais-valia?
5ª - Aceitaria ter como conselheiro o ex-estadista que é Joaquim
Chissano?
6ª - Depois da Cimeira de Lisboa, terá ficado com a ideia de que o
melhor para o mundo, a começar pelo Zimbabwe, é tornarmo-nos
menos intolerante e mais cooperantes?
MUAMMAR KADHAFY
1ª - Depois da cimeira de Lisboa, ficamos com a ideia de que vai
passar a ter pacíficas e até amistosas relações com a Europa. Será
que o nosso raciocínio está certo?
2ª - Estará disponível para ajudar a promover o entendimento entre
países africanos, sem guerras e contribuir para o seu desencvolvi-
mento, para a melhoria do estado social das populações? 3ª - Somos
de opinião que os diferendos entre Israel e os países vizinhos só
podem ter fim com a mediação e a cooperação dos países próximos.
Estaria disponível para intervir como medianeiro?
4ª - Também aceitaria trabalhar para a coesão entre os países do
mundo árabe e contribuir para a desmistificação dos rancores
politico-religiosos?
5ª - Tendo em conta que a paz seria um bem preciso para os países
árabes, estará receptivo quanto ao ajudar a resolver os diferendos
com Iasrael, na perspectiva de uma forte cooperação que impulsione
o desonvolvimento económico e social?
6ª - Aceitaria na Líbia a instalação de uma delegação da APPDH-
Associação para a Promoção e Dignificação do Homem?As entrevistas que gostariamos
de fazer não têm propósitos exibicionistas nem a veleidade que alguém lhe possa atribuir.
Estes questionários poderiam ser extensivos a outros líderes, em contextos devidamente adaptados. Estamos certos de que muitos dos nossos leitores concordarão com a formulação das perguntas, elas mesmas a fazem reflectir e a carecerem de respostas. Na sua formulação hipotética talvez os destinatários, que certamente delas vão ter conhecimento, respondam anonimamente ou, se se dignarem enviar-nos as respostas, a sua repercussão seja assinalável e dêem à generalidade dos líderes a convicção de que algo no mundo está a mudar, para melhor, porque é também o
sentido desejo desta Associação, de acordo com o seu ideário.
Foi esta a razão da alusão que fazemos à Cimeira de Lisboa, a destempo em termos noticiosos.
Mas este nosso trabalho não teve o propósito de ter efeito noticioso, antes o de acrescentar algo com o sentido oobjectivo de que daqui a 2, 5, 2, 50 ou 100 anos sintamos que
aquilo que fazemos hoje seja considerado oportuno e produtivo em prol de um mundo melhor, em que a Promoção e a Dignificação do Homem fiquem a ganhar.
JOAQUIM CHISSANOUM BOM EXEMPLO EM ÁFRICA
Joaquim Chissano tomou conta de Moçambique quando este país era considerado o mais pobre do mundo. E enquanto outros líderes fizeram retroceder e empobrecer os seus países,
Moçambique recuperou e continua a recuperar, não obstante haver ainda muito a fazer para que o povo em geral sinta a evolução do seu estado económico e social.
Sem petróleo e sem diamantes, aí temos um país virado para o futuro e considerado internacionalmente.
Qual o mérito? Joaquim Chissano chegou a acordo com a Renamo, a guerra acabou e nunca fechou as portas ao exterior e sempre se debateu pelo incremento das melhores relações não apenas com os outros países africanos, mas com todo o mundo. É assim que se constroi o progresso, é desta forma que se conseguem melhores condições de vida para o povo. De tal forma que ele é, e continuará a ser, um bom exemplo em África.
CIMEIRA EUROPA – ÁFRICA
16 Lisboa 28.Dezembro.2007
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